Asunto: | NoticiasdelCeHu 118/14 - A ligação Clinton-Pinchuk, uma oligarquia u craniano-americana (Manlio Dinucci) / Rumbo al XVI EnHu (29) | Fecha: | Jueves, 6 de Marzo, 2014 22:09:17 (-0300) | Autor: | Noticias del CeHu <noticias @..............org>
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Bariloche, 6 al 10 de octubre
A ligação Clinton-Pinchuk, uma oligarquia
ucraniano-americana
Manlio Dinucci
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6/3/14
À mesa de Kiev onde foi negociado o
acordo formal entre governo, oposição, UE e Rússia não estava oficialmente
nenhum representante da poderosa oligarquia interna que, mais ligada a
Washington e à NATO do que a Bruxelas e à UE, empurra a Ucrânia para o ocidente.
É emblemático o caso de Victor Pinchuk, magnata do aço, 54 anos, classificado
pela revista Forbes como um dos homens mais ricos do mundo.
A
fortuna de Pinchuk começa quando, em 2002, se casou com Olena, filha de Leonid
Kuchma, segundo presidente da Ucrânia (1994-2005). Em 2004 o ilustre sogro
privatiza o maior complexo siderúrgico ucraniano, de Kryvorizhstal, vendendo-o à
sociedade Interpipe, de que o seu genro era proprietário, por 800 milhões de
dólares, cerca de um sexto do seu valor real. A Interpipe monopoliza assim o
fabrico de tubos de aço. Em 2007, Pinchuk constitui o EastOne Group, sociedade
de consultoria para investimentos internacionais, que fornece às multinacionais
todas as ferramentas para penetrar nas economias do leste. Torna-se, ao mesmo
tempo, proprietário de quatro cadeias de televisão e de um tablóide popular
(Factos e comentários), com uma difusão de mais de um milhão de
exemplares. Para não falar, entretanto, das obras de beneficência: criou a
Victor Pinchuk Foundation, considerada a maior "fundação filantrópica"
ucraniana.
É através desta fundação que Pinchuk se liga aos Clinton,
apoiando a Clinton Global Iniciativa, criada por Bill e Hillary em 2005, cuja
missão é "reunir os líderes mundiais para criar soluções inovadoras para os
desafios mundiais mais urgentes". Por detrás deste slogan reluzente encontra-se
o objetivo real: criar uma rede internacional de poderosos apoios a Hillary
Clinton, ex-primeira dama que, depois de ter sido senadora de Nova York em
2001-2009, e secretária de Estado de 2009 a 2013, tenta de novo a subida à
presidência. A frutuosa colaboração começa em 2007, quando Bill Clinton agradece
a "Victor e Olena Pinchuk a sua incansável atividade social e o apoio prestado
ao nosso programa internacional". Apoio que Pinchuk concretiza através de uma
primeira contribuição de 5 milhões de dólares, a que se sucedem outros à Clinton
Global Initiative. Isto abre a Pinchuk as portas de Washington: contrata por 40
mil dólares mensais o lóbista Schoen, que lhe prepara uma série de contactos com
outras influentes personagens, entre as quais uma dúzia de encontros em um ano,
entre 2011 e 2012, com altos funcionários de Departamento de Estado. Isto
favorece também os negócios, permitindo a Pinchuk aumentar as suas exportações
para os Estados Unidos, apesar de os patrões da metalurgia da Pensilvânia e do
Ohio o acusarem de vender os tubos de aço aos EUA abaixo do preço.
Para
reforçar posteriormente as suas ligações com os Estados Unidos e o ocidente,
Pinchuk lança a Yalta European Strategy (YES), "a maior instituição social de
diplomacia pública na Europa oriental", cuja finalidade é "ajudar a Ucrânia a
tornar-se um país moderno, democrático e economicamente poderoso". Graças à
volumosa disponibilidade financeira de Pinchuk (que, nada mais nada menos, para
festejar o seu 50º aniversário, gastou mais de 5 milhões de dólares numa
estância de ski francesa), a YES consegue tecer uma vasta rede de contactos
internacionais, que se torna visível com a realização do encontro anual
organizado em Yalta. Nele participam "mais de 200 políticos, diplomatas, homens
de Estado, jornalistas, analistas e dirigentes do mundo dos negócios
provenientes de mais de 20 países". Entre eles sobressaem os nomes de Hillary e
Bill Clinton, Condoleeza Rice, Tony Blair, George Soros, José Manuel Barroso e
Mário Monti (que participou no encontro de setembro último), ao lado dos quais
se encontram personagens menos conhecidas, mas não menos influentes, como os
dirigentes do Fundo Monetário Internacional (como Dominique Strauss-Khan, ver
NdT [francês]).
Como explicou Condoleeza Rice no encontro YES 2012 , "as
transformações democráticas requerem tempo e paciência, requerem um apoio tanto
exterior como interior". Excelente síntese da estratégia que o Ocidente adota,
sob a capa de "apoio exterior", para apoiar as "transformações democráticas".
Uma estratégia doravante consolidada, da Jugoslávia à Líbia, da Síria à Ucrânia:
cravar cunhas nas falhas que todos os Estados têm para fazer estremecer as
bases, apoiando ou fomentando rebeliões anti-governamentais (do tipo das de
Kiev, demasiado pontuais e organizadas para serem consideradas como simplesmente
espontâneas), enquanto se desencadeia uma trepidante campanha mediática contra o
governo que se quer abater. No que respeita à Ucrânia, o objetivo é o de fazer
colapsar o Estado ou de o dividir em dois: uma parte que entrará na NATO e na
UE, e uma outra que ficará maioritariamente ligada à Rússia. É neste quadro que
se insere a Yalta European Strategy da oligarquia amiga dos Clinton.
O original encontra-se em il manifesto , edição de 22/Fevereiro/2014. Traduzido do
italiano por Marie Ange Patrizio.
Alguns aspetos da Pinchuk-French Connection (Nota
da tradutora)
"Em 27/março/2013, a ministra da
Cultura e da Comunicação. Srª Aurélie Filipetti, entregou as insígnias de
cavaleiro da ordem das Artes e das Letras a Vítor Pinchuk. Felicitou-o pela
"visão europeia do mecenato" e o "casamento feliz entre a indústria e a cultura,
à imagem da instalação monumental de Olafur Eliasson que, tal como o ferro sofre
constantes mudanças de estado, metamorfoseia a sua nova aciaria" ( www.ambafrance-ua.org/Victor-Pinchuk-chevalier-de-l ).
"O meu professor de arte contemporânea é
francês, Nicolas Borriaud (crítico de arte, dirigiu o Palácio de Tóquio com
Jérôme Sans de 2002 2 2006 e atual diretor das Belas- Artes de Paris, desde
outubro de 2011). Chamo-lhe mesmo o meu guru! Encontrei-o em 2002 por intermédio
do meu amigo Marcel Gross, diretor associado da Euro RSCG [1] ". ( www.lefigaro.fr/... )
"Como existir socialmente no seu país sem fazer
política?" É a Euro RSCG, na pessoa do francês Stéphane Fouks, que vai dar uma
resposta em três pontos: 1. Criar um museu de arte contemporânea que valoriza a
arte ucraniana. 2. Constituir um think tank para influenciar a Ucrânia e a sua
entrada na Europa. 3. Criar uma fundação anti-sida a cargo da sua esposa. O
oligarca investe na filantropia.
[…] "Num certo período da vida, é tempo
de dar um pouco do que se recebeu, "guiado por uma visão", diz ele. Para isso,
um ucraniano não perde o norte: o seu frenesim de artistas não é mais do que uma
etapa na sua estratégia de conquista. Em cada outono, em Yalta, o seu think tank
batizado YES (Yalta European Strategy) trabalha para influenciar a Ucrânia com
convidados como Tony Blair ou Dominique Strauss-Khan. Em Davos, à margem da
cimeira, imprime assim a sua marca: em 27 de janeiro, organiza uma mesa-redonda
com a jovem Cheikha Mayassa, princesa do Qatar muito interessada em arte, e
Paulo Coelho". ( www.lepoint.fr/... ). [1] Acrónimo para Roux,
Séguéla, Caysac, Goudard, atualmente Havas Worlwide.Havas Worldwide, [...] é uma
das maiores agências do mundo de comunicação de marketing integrado, constituída
por 316 agências em 75 países. [...] fornece publicidade, serviços de marketing,
comunicações empresariais e soluções interativas para clientes globais,
regionais e locais. en.wikipedia.org/wiki/Euro_RSCG
Ver também:
Estonia FM: Kiev snipers from new
Ukrainian coalition
Dossier Ucrania
La cumplicidad Estados Unidos e Israel
para subvertir a Ucrania
A versão
em francês encontra-se em www.legrandsoir.info/la-clinton-pinchuk-connection.html, tradução para português de www.pelosocialismo.net/
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