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Após violência policial, milhares saem às
ruas do país
Repressão policial às manifestações por passe livre, na semana passada, e
contra os gastos com construção de estádios de futebol, no final de semana,
impulsiona participação nos protestos desta segunda-feira por diversas capitais
do país. Em Brasília, parte externa do Congresso foi tomada.
Da Redação
São Paulo – Manifestações
populares tomaram as ruas de ao menos 11 capitais brasileiras, entre elas São
Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, além de Brasília, no início da noite desta
segunda-feira. Na capital paulista, calcula-se entre 30 e 65 mil pessoas, a
depender da fonte, o número de manifestantes nas ruas. Em Brasília, parte
externa do edifício do Congresso foi tomada.
À luta pelo passe livre e
por melhorias no transporte público, somou-se à pauta dos organizadores o
protesto contra a violência policial. Nas manifestações da semana passada, a
polícia, com seus batalhões de choque, promoveu cenas de violência e repressão
que relembraram momentos da ditadura militar. Até a imprensa foi alvo, com
diversos jornalistas feridos.
No final de semana, nos jogos que marcaram
o início da Copa das Confederações da Fifa, mais cenas de violência policial
foram vistas em Brasília e Rio de Janeiro. Para reprimir ativistas que
criticavam os gastos com a construção dos estádios, mais uma vez as forças de
seguranças usaram balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio.
Sob
críticas e após chamar os manifestantes de “baderneiros”, o governador de São
Paulo recuou. O uso de balas de borracha, que comprometeram a visão de um dos
olhos de um fotógrafo na semana passada, foi proibido nos atos desta
segunda.
Entretanto, a Paula central das mobilizações, ou seja, queda das
tarifas de transporte, continua sem resposta por parte dos governantes, seja
Alckmin, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, ou seus colegas do Rio de
Janeiro.
Fotos: EBC
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