Asunto: | NoticiasdelCeHu 184/13 - Lanzamiento de O capital (Rumbo al XV EnHu, 8) | Fecha: | Martes, 2 de Abril, 2013 19:55:40 (-0300) | Autor: | Noticias del CeHu <noticias @..............org>
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NCeHu 184/13
Ref.: 60, 70, 71, 90, 106, 125 y
126
Rumbo al XV EnHu
"Geografía y crisis"
México
D.F., 9 al 13 de setiembre de 2013
Brasil /
Lanzamiento
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O
capital Livro I Karl Marx
Em breve em
e-book.
Marx. Por Antonio Delfim
Netto. Folha de S.Paulo - Opinião - 13 de março
de 2013.
Em 22 de fevereiro último, Cassiano
Elek Machado publicou, nesta Folha, erudita nota sobre a nova tradução de
O Capital, realizada pelo competente marxólogo Rubens Enderle. Esta
será publicada pela editora Boitempo (o terceiro volume sai até 2015), que
já tem no seu catálogo outras obras em traduções muito bem cuidadas dos
textos restabelecidos pelas edições críticas (Mega) das obras completas da
dupla Marx-Engels.
Cassiano colocou uma mesma pergunta ("Por que
ler Marx hoje?") a mim e a três brilhantes filósofos, seguramente mais
conhecedores da obra de Marx do que eu. Eles deram respostas argumentadas
e definitivas. Eu, um modesto economista, pensei em me livrar dela
respondendo simplesmente: "Porque Marx não é moda. É eterno".
Ledo
engano. Recebi a cobrança de alguns elegantes leitores para que a
explicitasse. Pois bem, os "marxismos" que continuam a infestar a história
são modas: produtos de ocasião de pensadores menores. Há sérias dúvidas,
aliás, que Marx tenha alguma vez se reconhecido como "marxista".
Mas a problemática que ele colocou --o que é o homem e como pode
realizar plenamente a sua humanidade diante dos constrangimentos que lhe
impõe a organização da sociedade-- é eterna. Ele teve muito cuidado em não
explicitar a sua solução. Cuidado que não tiveram alguns que se pensaram
como seus discípulos no século 20. Quando no poder, decidiram levar a
sério a construção do "homem novo", o que terminou em tragédia.
Para dar um pequeno exemplo da intuição de Marx, basta lembrar
que, no Manifesto Comunista (1848), ele revelou a propensão do
capitalismo financeiro emergente e avassalador de produzir uma crescente
concentração do poder econômico que, se não fosse coibido pelo poder
político, levaria ao desastre social.
A financeirização que ele
previa continua forte e abrangente no século 21. Por exemplo, nos últimos
dez anos, as commodities tornaram-se ativos financeiros de fundos de
investimento internacionais. Em 2000, estes não chegavam a US$ 10 bilhões.
Em 2012, passaram de US$ 400 bilhões, um aumento de 40% ao ano! Há menos
de 20 anos existiam mais de 20 "traders" de cada commodity (as oito mais
importantes tinham mais de 160!). Houve a verticalização e fusão
antecipadas por Marx.
Hoje, não passam de 15 organizações que
financiam, compram, armazenam, transportam, vendem e especulam com o
resultado do trabalho de bilhões de agricultores que não têm o menor
controle sobre sua produção. A maior delas, a Glencore, que comercializa
tudo, de petróleo e metais a açúcar e trigo, acaba de aumentar sua
integração. Comprou uma participação na Ferrous Resources, em Minas
Gerais.
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