Análise temporal e espacial do crescimento da cana-de-açúcar no
período de 1986 á 2008 nos municípios de Araraquara, Barretos, Ituverava, Jaboticabal
e Morro Agudo no Estado de São Paulo.
Edson
Trajano Vieira¹
Gabriel Noronha Campos
Caridade2
Flávia de Souza
Mendes2
¹
Universidade de Taubaté
Caixa Postal
515 - 12201-970 - Taubaté - SP, Brasil
trajano@unitau.br
2
Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais - INPE
Caixa Postal
515 - 12245-970 - São José dos Campos - SP, Brasil
gabriel_geo2@hotmail.com
flaviasm@dsr.inpe.br
Resumo.
O presente
trabalho tem como objetivo fazer uma análise da evolução das áreas utilizadas
para a plantação de cana-de-açúcar nos municípios de Araraquara, Barretos,
Ituverava, Jaboticabal e Morro Agudo no estado de São Paulo, no período de 1986
até 2008. O Estado de São Paulo é o principal produtor e exportador de
cana-de-açúcar no Brasil. O levantamento de dados relacionados à quantidade
produzida de cana-de-açúcar em nosso país é uma informação fundamental para o
planejamento agrícola, econômico, ambiental, e social. As técnicas de
sensoriamento remoto permitem uma análise temporal e espacial de regiões
delimitadas para estudo, permitindo assim, a identificação e o monitoramento de
áreas de desmatamento da vegetação natural e da produção de cana-de-açúcar. Os
municípios analisados demonstraram um crescimento das áreas utilizadas para
plantação da cana de açúcar nas observações feita sobre o período de 1996 até
2008, baseando-se nos dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA), tendo em
2008 uma porção cerca de 40% mais expandida do que no período observado
anteriormente. O município de Barretos foi o que apresentou maior evolução das
áreas ocupadas com a cultura, 75% de crescimento de crescimento no período de
1996 a 2008. Por este motivo foi realizada uma análise temporal e espacial
utilizando imagens orbitais que abrangem o município de Barretos que, em 1986,
apresentava apenas 2% de seu território com cana-de-açúcar plantada, já em 2008,
foi observado que 40% estão cobertos com a cultura. O mapeamento das áreas de plantio de cana-de-açúcar no município
de Barretos foi executado com o auxilio do software SPRING (versão 4.3.3.)
utilizando a Edição Matricial, processo que liga o editor diretamente ao
software onde se unem vários Planos de Informação (PI), permitindo a criação
polígonos que classificam áreas.
Abstract
This study
has the objective of doing an analysis of the evolution of the areas used for
the sugar-cane plantation in Araraquara, Barretos, Ituverava, Jaboticabal and
Morro Agudo in the state of São Paulo - Brazil, between
1986 and 2008. The State of São Paulo is the principal sugar-cane producer and
exporter in Brazil. The data of the sugar-cane
produced in our country makes the basis for the agricultural, economical,
environmental and social projections. The techniques of sensoriamento make
possible the analysis of the time and space of regions delimited for study,
which allows the identification and the monitoring in areas of deforestation of
the natural vegetation and of the sugar-cane production. Being based on the data
of the Institute of Agricultural Economy (IEA), the results show a growth of 40%
in the areas used for sugar-cane planting in the period. Barretos
presented the largest evolution in the areas dealt with the culture (75 %). In
this context, an analysis of the period and his space was prepared, using
orbital images that include the space of the town, in 1986, that was presenting
only 2 % of his territory with planted sugar-cane, against 40 % in 2008. The
image generation of the areas of planting in Barretos was executed with the
software Spring 4.3.3., using his edicion matricial, process that ties publisher
straightly to the software, joining several Plans of Information (PI), which
allows the creation of polygons that classify
areas.
Key words: sugar-cane, agriculture, Barretos, satellite
images
1 - Introdução /
objetivo
Nas últimas duas
décadas tem aumentado a área plantada de cana-de-açúcar no Brasil, em especial
no interior de São Paulo com o objetivo de aumentar a produção de álcool. O
Aumento do consumo de álcool cresceu a partir de 2003, foram criados no Brasil
os carros flex usam álcool ou gasolina como combustível com isso o consumo de
álcool que reapresentava 10% passou para 40% em 2008 do mercado brasileiro de
combustíveis para automóvel. (ANP, 2009).
O presente trabalho tem o objetivo de apresentar a evolução das
áreas utilizadas para a plantação de cana-de-açúcar nos municípios de
Araraquara, Barretos, Ituverava, Jaboticabal e Morro Agudo no estado de São
Paulo, no período de 1986 até 2008, a partir das observações de imagens de
satélite e os dados dos censos.
O período de 1986 a 2008 coincide com o auge do pro - álcool
brasileiro, programa instituído pelo governo que tinha como objetivo promover a
expansão do uso de álcool como combustível, em substituição ao elevado preço do
petróleo, após as crises de 1973 e 1979. Em 2008, tivemos um novo pico da
produção de álcool com o crescimento da frota de carros flex.
2
– Discussão
O
Brasil possui condições climáticas e geográficas propícias para as mais variadas
práticas agrícolas, como conseqüência a agricultura sempre foi uma das mais
importantes categorias de sua economia, gerando empregos e movimentando o
mercado, e principalmente o setor exportador (Vasconcelos et
al.2005).
A cana de açúcar ao longo da historia brasileira sempre figurou
como um dos principais produtos brasileiro para a exportação. Também utilizada
no tanto para alimentação (produção de açúcar), quanto como combustível
destinado a veículos automotores. Com o aumento da preocupação global em relação
à geração de novas fontes de energia menos prejudiciais ao meio ambiente vêm
ganhando cada vez mais destaque no cenário nacional e na sua interação com o
exterior através de suas trocas comerciais.
Porém a
busca por combustíveis que causam danos ambientais mais aceitáveis ao ritmo de
renovação das matérias primas utilizadas em seu processo produtivo, podem ser a
causa de alguns problemas como o aumento nos preços dos alimentos em todo o
mundo, com a substituição de plantação destinado à produção de alimentos para o
plantio da cana. Além da utilização de áreas antes ocupadas por vegetação
natural que pode aumentar os danos ao meio ambiente. Nos últimos anos a
preocupação com a utilização de produção de biocombustivel, produtos em duas
regiões no mundo tem gerado preocupação, com a cana-de-açúcar, e os Estados
Unidos com o milho.
No Brasil o crescimento da área plantada de cana foi impulsionar a
produção de álcool e obter uma nova alternativa energética para combater as
crises mundiais do petróleo, ocorridas nas décadas de 1970 e 1980, o governo
brasileiro criou o Programa Nacional do Álcool ou Proálcool que alterou o espaço
de diversas regiões nacionais com grandes investimentos que possibilitaram o
crescimento da cultura no país. Atualmente as perspectivas de elevação do
consumo do álcool se somam a um momento favorável para o aumento das exportações
do açúcar, e o resultado é o início de uma onda de crescimento sem precedentes
para o setor sucroalcooleiro.
Na
safra 2007/08, as usinas brasileiras processaram 493,4 milhões de toneladas de
cana-de-açúcar, produzindo 22,5 bilhões de litros de etanol e 30,8 milhões de
toneladas de açúcar, esses dados mostram que a maior parte da produção de cana é
destinada para a produção de etanol. O Estado de São Paulo é o principal
produtor e exportador de cana-de-açúcar no Brasil. Na safra 2007/08, a região
Centro-Sul ficou com 87,4% da produção nacional. Já o Estado de São Paulo foi
responsável pela produção de 296,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, o que
representou 60,1% da produção total do Brasil e 68,7% da produção da região
Centro-Sul (UNICA, 2008).
As etapas na produção do açúcar e do álcool diferem apenas a
partir da obtenção do suco, que poderá ser fermentado para a produção de álcool
ou tratado para o açúcar. Caso a produção de açúcar se torne menos atrativa
devido às reduções de preços internacionais o que freqüentemente ocorre poderá
ser mais vantajoso a mudança na produção para álcool.
Aproveitando
as terras de melhor qualidade para produção agrícola com fins energéticos a
plantação de alimentos acaba partindo para terras periféricas e com baixa
qualidade, exigindo maiores quantidades de fertilizantes (derivados do petróleo
que também está com seu preço elevado) e devido à distância do mercado
consumidor os gastos com transporte também aumentam, a preocupação com essas
cidades apresentadas é que o Estado de São Paulo é o mais populoso do país e o
que tem proporcionalmente a maior área de plantio de cana-de-açúcar. Ou seja,
onde consumo de alimentos é maior, ha uma expansão maior de terras de boa
qualidade para a produção de combustível, até por o estado apresentar maior
número de usinas de beneficiamento de cana e maior centro consumidor de
álcool.
A opção
da agricultura é investir nas atividades mais rentável, nos últimos anos tem
sido a cana-de-açúcar para combustível e não alimentos. Esse crescimento tem
apoio governamental, inclusive os carros movidos a álcool no Brasil pagam menos
impostos dos movidos por outros combustíveis. Cabe aqui a conscientização ao serem
analisados os conceitos de produção agrícola e produção de alimentos, pois uma
interpretação errônea pode contribuir para a formação de uma visão equivocada da
realidade.
Devido ao importante papel que a cana-de-açúcar apresenta no
cenário nacional, principalmente para se consolidar na liderança da produção de
bicombustíveis, torna-se necessária a organização de informações relacionadas a
produção, safra e localização de novas áreas de cana-de-açúcar são
indispensáveis para o país. E quais os impactos ambientais e principalmente na
reestrutura da produção de alimentos no país.
Esse
controle das áreas de produção agrícola dispõe nas ultimas duas décadas de mais
uma ferramenta que são as imagens de satélite. Essas imagens proporcionam uma análise
temporal e espacial de todas essas informações. A cana-de-açúcar possui
características que facilitam sua identificação por imagens orbitais como ser
uma cultura semiperene e possuir carreadores no seu plantio. A vantagem na
utilização da tecnologia do sensoriamento remoto consiste na menor subjetividade
das informações, maior rapidez nos resultados e o menor custo (Rudorff
et al., 2004a e 2004b; Rudorrf et al., 2005 e Rudorff e Sugawara, 2007, Mendes
et al., 2009). Além disso, as informações dos censos agrícolas continuam
relevantes, principalmente em uma análise de médio
prazo.
3.0 Materiais e Métodos
3.1 Área de
estudo
A área
de estudo se localiza no norte do Estado de São Paulo e é composta por cinco
municípios: Araraquara (3), Barretos (1), Ituverava (5), Jaboticabal (2) e Morro
Agudo (4).
Encontram-se entre as coordenadas: latitude - 49° 04` 7``
longitude - 20° 05` 15`` e latitude
- 47° 33` 46`` longitude - 22° 07` 32``, como mostra a figura
abaixo.
Figura
1. Área de estudo em
imagens TM/Landsat, composição 3B4R5G.
O
plantio da cana-de-açúcar concentra-se principalmente nas regiões oeste e
centro-norte do Estado. A Figura 2 ilustra a localização do Estado no Brasil, e
as áreas cultivadas com cana no estado de São Paulo (Aguiar et al.,
2007).
Foram
utilizadas três imagens do sensor TM (Thematic Mapper), a bordo do satélite
Landsat 5, com resolução espacial de 30 metros, dos meses de março e abril ,
pois a colheita se inicia em abril. As bandas empregadas foram as: 3 (630 a 690
nm - vermelho); 4 (760 a 900 nm - infravermelho próximo); e 5 (1.550 a 1.750 nm
- infravermelho médio).
Figura
2. Mapa das áreas de
cana-de-açúcar safra 2006/2007 no estado de São
Paulo.
3.2 Tratamento das
imagens de satélite
Com o
intuito de processar as imagens foi utilizado o Sistema de Processamento de
Informações Georreferenciadas (SPRING), onde as imagens de satélite foram
importadas e registradas.
Foi
utilizado um mapa temático de toda a área destinada ao plantio de cana-de-açúcar
do ano de 2008 no município de Barretos fornecida pelo projeto Canasat.
Foram criados
mapas temáticos do total da área de cana-de-açúcar dos anos de 1996 e 1986 nos
meses março e abril, respectivamente. Com base no mapa da cana de 2008 foi
utilizada uma função do SIG (Sistema de Informações Geográficas) denominada
Edição Matricial.
A
Edição Matricial é um processo que liga o editor diretamente ao software onde
vários Planos de Informação (PI) são executados
simultaneamente permitindo criar polígonos, classificar áreas e corrigir
o mapeamento (Câmara et al., 1996).
A
resposta espectral da cana-de-açúcar em determinadas épocas do ano, a presença
dos carreadores e a textura homogênea dos talhões ajudam a diferenciar a
cana-de-açúcar de outras culturas agrícolas (Mendes et al.,
2008).
Para
que a cana-de-açúcar seja corretamente identificada sem dificuldades em sua visualização com qualquer outra cultura
nas imagens é necessária que estas sejam de datas onde a cana-de-açúcar esteja
suficientemente desenvolvida. A colheita da cana-de-açúcar no Centro-Sul ocorre
entre os meses de abril e novembro, com isso utilizam-se duas datas de imagens
de satélite uma que antecede a colheita e uma de meses posteriores a partir de
agosto para um mapeamento mais acurado (UNICA, 2003).
3.3 Dados
Estatísticos
Foram
coletados dados da área total cultiva de cana-de-açúcar dos censos de 1995/1996
e 2007/2008 do Instituto de Economia Agrícola (IEA) relacionados aos municípios
de Araraquara, Barretos, Jaboticabal, Ituverava e Morros Agudos e também dados
da área total cultivada de cana-de-açúcar nas safras 1995/1996 e 2007/2008
disponibilizados pelo projeto Canasat.
4.0 Resultados e
Discussões
O
Gráfico 1 evidencia o crescimento da área de cana-de-açúcar nos municípios
estudados. A partir dos dados das tabelas abaixo observa-se a expansão da área
plantada de cana nos municípios, sobretudo em Barretos e Ituverava.
Tabela
1. Crescimento da área
plantada de cana-de-açúcar em hectares dos censos de 1995/1996 e 2007/2008
(IEA). E a variação em perceptual no período.
Municípios |
Censo 1995/1996(IEA)
|
Censo 2007/2008(IEA)
|
Variação 96/07,
% |
Morro Agudo |
98.223,90 |
113.918,00 |
15,98% |
Barretos |
16.480,60 |
64.388,50 |
290,69% |
Jaboticabal |
49.676,00 |
53.766,50 |
8,23% |
Ituverava |
13.615,10 |
49.775,20 |
265,59% |
Araraquara |
38.440,90 |
48.951,60 |
27,34% |
Pode-se
observar a comparação do uso das duas ferramentas de análise de dados os
resultados são semelhantes. Pelo fato do município de Barretos apresentar o
maior salto de crescimento na área plantada de cana-de-açúcar dentre os
municípios estudados, esse foi o escolhido pio para a análise espacial e
temporal através das imagens.
Tabela
2. Comparação da área
plantada de cana-de-açúcar em hectares entre o censo IEA 2007/2008 e Safra
Canasat 2007/2008.
Municípios |
Censo
2007/2008(IEA) |
Safra
2007/2008(CANASAT) |
Morro
Agudo |
113.918,00 |
106.007 |
Barretos |
64.388,50 |
52.513 |
Jaboticabal |
53.766,50 |
54.800 |
Ituverava |
49.775,20 |
32.264 |
Araraquara |
48.951,60 |
44.021 |
Pode-se
observar neste gráfico a relação entre os dados da área plantada de
cana-de-açúcar do projeto Canasat e os dados do IEA. Analisando o gráfico foi
possível perceber uma aproximação dos dados validando a técnica de calcular as
áreas de cana-de-açúcar por imagens orbitais. Com isso foi proposto uma análise
mais detalhada do município de Barretos utilizando as imagens de
satélite.
Gráfico
1. Comparação da área plantada de
cana-de-açúcar em hectares entre o censo IEA 2007/2008 e Safra Canasat
2007/2008.
Figura
3. Município de
Barretos em imagens TM/Landsat, composição 3B4R5G.
A área
de estudo se localiza ao norte do Estado de São Paulo, entre as coordenadas
latitude -20°17’52,34’’, longitude -48°53’47,09’’ e latitude -20°44’10,20’’,
longitude -48°20’30,62’’, que compõe a cena 221/74 e que pode ser visto na
Figura 3.
Na
tabela 3 pode ser observado o resultado do mapeamento da área total de
cana-de-açúcar dos anos de 1986, 1996 e 2008. Já na tabela 4 observam-se os
resultados do crescimento da área plantada de cana-de-açúcar do ano de 1986 para
o ano de 1996 e de 1996 para 2008.
Tabela 3.
Área total da
cana-de-açúcar no município de Barretos dos anos de 1986, 1996 e
2008.
Ano
|
Área Plantada
(ha) |
1986 |
1.914,75 |
1996 |
18.498,06 |
2008 |
60.804,09 |
A área
plantada de cana-de-açúcar no município de Barretos teve um grande crescimento
do ano de 1996 a 2008, período em que o álcool teve
sua demanda expandida. A cana-de-açúcar no ano de 2008 ocupou 40% do
município de Barretos, evidenciando a dependência do município pela cultura de
cana-de-açúcar. Já em 1986, a cana-de-açúcar ocupava apenas 2% do município de
Barretos, período em que eram cultivadas outras culturas, como o milho, o feijão
e o amendoim com mais intensidade.
Tabela 4.
Crescimento da
cana-de-açúcar no município de Barretos nos anos de 1986, 1996 e
2008.
Ano
|
Crescimento da área Plantada
(ha) |
1986/1996 |
16.583,31 |
1996/2008 |
42.306,03 |
Figura
4. Imagem de satélite do ano de 1986
acoplada com mapa temático da área total de cana-de-açúcar em 1986 no município
de Barretos.
Figura
5. Imagem de satélite do ano de 1996
acoplada com mapa temático da área total de cana-de-açúcar em 1996 no município
de Barretos.
Figura
6. Imagem de satélite do ano de 2008
acoplada com mapa temático da área total de cana-de-açúcar em 2008 no município
de Barretos.
5
– Considerações finais.
As
técnicas de sensoriamento remoto se mostraram eficientes no monitoramento da
cana-de-açúcar nos três períodos delimitados neste trabalho e podem ser
utilizadas para estimativa agrícola, contanto que haja satisfatória
disponibilidade de imagens do período de interesse de estudo. A utilização do
mapa temático da cana-de-açúcar disponibilizado pelo Canasat foi hábil para o
mapeamento dos anos de 1996 e 1986, pois foram feitos os mapas temáticos das
áreas plantadas de cana-de-açúcar do município de Barretos nos anos de 1986 e
1996.
Utilizando as ferramentas metodológicas, incluindo as imagens de
satélite observou a expansão da área plantada de cana nos municípios
selecionados no Estado de São Paulo, em especial nos últimos anos. Não reduzido
a importância da atividade canavieira no país, fica um alerta para a necessidade
de controle dessa expansão e as imagens de satélite poderão ser utilizadas, no
planejamento desse controle.
Não ha
dúvida da produção de combustível a partir da cana de açúcar, mas não ha dúvida
que a produção de alimentos deve ser priorizada. Isso depende de planejamento
definido quais as prioridades na produção agrícola brasileira. A novidade desse
trabalho foi mostrar a importância e validar o uso dessa nova ferramenta
(imagens de satélite) no planejamento.
6- Referências Bibliográficas
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