QUALIDADE DAS ÁGUAS DO DISTRITO DE LUMIAR, MUNICÍPIO DE NOVA
FRIBURGO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL.
Marilu de Meneses
Silva
Professora Assistente da Faculdade de Geologia /
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, Brasil.
Rodolfo de Oliveira Souza
Professor Adjunto da Fundação de Apoio à Escola Técnica do
Estado do Rio de Janeiro – FAETEC, Brasil.
Gustavo Teixeira de Andrade
Aluno de Graduação do Departamento de Geografia,
Instituto de Geociências / Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ,
Brasil
RESUMO: Este estudo teve como objetivo determinar a qualidade das
águas da microbacia do rio Boa Esperança usadas pela população de Lumiar, 5º
distrito do Município de Nova Friburgo, na Região Serrana Fluminense.
Predominantemente agrícola, o distrito de Lumiar teve nas últimas décadas a
intensificação do turismo rural, o aumento sazonal de sua população e o
surgimento de novas atividades econômicas em detrimento à sua atividade
tradicional. De relevo movimentado, o território deste distrito é banhado pelas
águas dessa Microbacia que são utilizadas no abastecimento doméstico, na
irrigação, na formação de lagos para criação de peixes e no lazer. Em todo o seu
curso o rio Boa Esperança recebe efluentes domésticos e rurais. Para a
determinação da qualidade das águas fluviais foram feitas análises dos
parâmetros físico-químicos e microbiológicos e as concentrações de metais
pesados na água e em sedimentos de corrente. Estes sedimentos fluviais podem
reter ou dispersar os metais de acordo com as variações dos parâmetros
físico-químicos das águas. Dependendo das concentrações destes metais, que são
tóxicos, estes podem poluir o ambiente aquático e entrar nos processos
metabólicos dos seres vivos. Os resultados mostraram que somente a contaminação
microbiológica está ocorrendo na microbacia estudada.
INTRODUÇÃO: Este estudo teve como objetivo determinar a qualidade
das águas utilizadas pela população de Lumiar, 5º distrito do Município de Nova
Friburgo, na Região Serrana Fluminense. Predominantemente agrícola, Lumiar teve
nas últimas décadas a intensificação do turismo rural, o aumento sazonal de sua
população e o surgimento de novas atividades econômicas em detrimento à sua
atividade tradicional. A microbacia, formada pelo Rio Boa Esperança e seus
afluentes, é a principal fornecedora de água para o consumo doméstico, irrigação
e lazer entre outras atividades da comunidade de Lumiar que, com 4.629 hab.
(CIDE, 2002). Sua população encontra-se consciente da importância da preservação
dos seus rios e tem procurado meios para preservá-los. Atendendo a este anseio, a presente
pesquisa objetivou avaliar as condições das águas da microbacia, através do
levantamento de parâmetros físico-químicos, microbiológicos e análise de metais
pesados (Fe, Mn, Ni, Pb Cd, Cr, Cu, e Zn) nas águas e nos sedimentos de
corrente. Estes sedimentos são importantes retentores e dispersores dos metais
citados, sejam estes de origem natural e/ou antrópica. A contaminação do meio aquático por estes
metais depende das variações dos parâmetros físico-químicos das águas que os
liberam, interferindo nos processos metabólicos dos seres vivos.
DESCRIÇÃO DA ÁREA ESTUDADA: A Microbacia do Rio Boa Esperança, tem
uma área aproximada, de 165 Km2 e seu rio principal nasce na Serra de
Macaé, a 1.500m de altitude, corre no sentido geral NE-SW, atravessando a Vila
de Boa Esperança e Lumiar, indo desaguar na margem esquerda do rio Macaé, que
por sua vez forma uma das principais bacias hidrográficas da vertente meridional
da Serra do Mar, que tem sua foz no litoral, no Município de Macaé. Antes de
alcançar a cidade de Lumiar, o rio Boa Esperança recebe na sua margem direita o
seu afluente mais extenso, o rio São Pedro.
A microbacia estudada (Fig 01) banha os territórios de Lumiar (5º
Distrito) e de São Pedro da Serra (7º Distrito) do Município de Nova Friburgo,
que faz parte da Região Serrana do Rio de Janeiro. Seu clima é ameno com as
médias anuais de 19oC de temperatura e 1.561mm de pluviosidade
marcada por chuvas torrenciais no verão, favorecendo o surgimento da Mata
Atlântica, que se encontra degradada em virtude da ocupação agrícola.
Apresenta relevo movimentado cujas cotas altimétricas alcançam
altitudes que variam de 750 a 1.800 m. A topografia apresenta fortes
desníveis com declividades variando entre as classes 20 e 35% e maior que 45%. São nas planícies
aluviais, áreas de neossolos, onde ocorrem às ocupações urbanas e agrícolas. Os
terrenos são pré-cambrianos, compostos por gnaisses migmatíticos, granito
pós-tectônico, ortognaisses, ocorrendo diques de gabro, pegmatíticos e aplíticos
(SILVA et al., 1995). Esses terrenos dão origem a solos areno-argilosos e
argilosos (argissolos) (EMBRAPA,1999) sujeitos aos processos erosivos em virtude
da elevada declividade das encostas, dos desmatamentos e das fortes chuvas no
verão.
Figura
01: Localização dos pontos de amostragem no Rio Boa Esperança,
Lumiar, Nova Friburgo.
|

A principal atividade econômica da região é a agricultura, voltada
para horticultura e as culturas de tubérculos, que ocupam as áreas de várzeas e
às vezes as encostas das colinas. Predominam pequenas propriedades rurais
familiares, de 1
a 30
ha, onde 70% dos agricultores são donos da terra e os 30%
restantes trabalham em parceria (PREA,1990, 2002). A produção destina-se,
principalmente, à Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que fica a
108 Km
de distância. Outra atividade importante é o turismo, seguida da criação de
peixe de água fria, como a truta.
Os atrativos paisagísticos citados, somados à facilidade de acesso
e à proximidade do Grande Rio, vem atraindo, a cada ano que passa, um número
maior de população flutuante e residente, na busca de lazer e da melhoria da
qualidade de vida.
METODOLOGIA: Nas dez campanhas de campo para amostragem, foram
analisados as águas in situ os parâmetros pH, Eh, condutividade elétrica e
temperatura, através de aparelhos portáteis (DIGIMED) nas quatro estações de
amostragem. Todo material utilizado para amostragem estava previamente
descontaminado. As coleta de amostras de água para análise microbiológica foram
feitas em frascos especialmente preparados para esta finalidade segundo as
normas da APHA (1976). Para análise de metais, as amostras de água foram
guardadas em frascos de polietileno (4 litros) e preservadas com ácido
nítrico. Os sedimentos de corrente foram retirados do leito do rio Boa Esperança
onde ocorriam depósitos fluviais de silte e argila, cuja granulometria mais fina
favorece a adsorção dos metais pesados pesquisados. As amostras de sedimentos,
3 Kg cada,
foram acondicionados em sacos de polietilenos. Devidamente catalogadas e
preservadas em gelo, as amostras foram levadas para os laboratórios do Instituto
Nacional de Tecnologia - INT/RJ, da Fundação Estadual de Engenharia e Meio
Ambiente - FEEMA e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro -
UERJ.
As análises microbiológicas foram feitas na FEEMA segundo APHA
(1976).
Nos laboratórios do INT, com os devidos cuidados para evitar
contaminações, as amostras de água destinadas para determinação dos metais
pesados, foram acrescidas com 20 mL de ácido nítrico e evaporadas até a secura
em chapa elétrica, quando foi eliminada a matéria orgânica existente, sendo
então retomadas com ácido nítrico.
No laboratório da
UERJ as amostras de sedimentos destinadas às análises de metais pesados foram
submetidas ao peneiramento a úmido, em peneira de polietileno com malha de
0,062
mm (230 mesh) e a fração fina obtida foi seca em
banho-de-areia e em estufa (600 C) e posteriormente,
desagregada em gral de ágata, sendo então, separadas duas alíquotas de
1 g cada,
uma para extração química total dos metais com ataque ácido forte, com HCl : HNO3 : HF (2:3:3) e a
outra alíquota foi destinada à extração química sequencial (TESSIER et al.,1979;
DAVIDSON et al.,1994).
Nesta última extração foram utilizados diversos tipos de reagentes
que permitiram determinar nos sedimentos de corrente quais os metais pesados
disponíveis (são aqueles adsorvidos, isto é, levemente presos nas superfícies
dos sedimentos compostos por argilominerais e matéria orgânica), potencialmente
disponíveis (metais que só são liberados a partir dos sedimentos após mudanças
drásticas dos parâmetros físico-químicos das águas) e inertes (são os metais que
estão presos na estrutura cristalina dos minerais dos
sedimentos).
Essas amostras de sedimentos de corrente foram lidas
em aparelho
Espectrofotômetro de Absorção Atômica, com chama convencional,
da VARIAN, usando branco de reagente e duplicatas (VARIAN TECHTROM, 1989).
RESULTADOS E DISCUSSÕES: Os parâmetros pH (variaram entre 6,91 a
6,97), Eh (entre 259,5 a
276,5 mV) e condutividade elétrica (entre 30,9 a 36,8 uS.cm-1),
mostraram que as águas apresentaram-se ligeiramente ácidas, oxidantes e com
baixa concentração de íons, permitindo assim, uma definição das condições
físico-químicas deste ambiente aquático quanto à solubilidade e o estado iônico
das substâncias dissolvidas.
Os resultados das análises microbiológicas em NMP/100mL (número
mais provável por cem mililitros) (Tab. 01) apresentaram teores de coliformes
fecais em todos os pontos de amostragem bem acima dos limites permitidos segundo
CONAMA (1986), tanto para o consumo, que deve ser zero, como para balneabilidade
(limite máximo abaixo de 1.000 NMP/100mL).
Tabela 01:Parâmetros físico-químicos e análises microbiológicos do
Rio Boa Esperança,
Lumiar, no Município de Nova
Friburgo (no de amostras: 10 e desvio padrão ± 10%)
Amostras
Parâmetros |
1 |
2 |
3 |
4 |
CONAMA |
pH(log 1.H -1) |
6,97 |
6,97 |
6,95 |
6,91 |
6,0 a 9,0 |
Eh (mV) |
276,5 |
272 |
259,5 |
266,40 |
- |
Condutividade elétrica
(uS.cm-1) |
30,9 |
33,9 |
36,8 |
33,4 |
- |
Temperatura(o C) |
18,6 |
19,2 |
19,5 |
19,5 |
- |
Vazão L /
seg. |
895 |
996 |
194 |
8121 |
- |
Coliformes fecais (NMP/100mL) |
> 1600 |
> 1600 |
> 1600 |
> 1100 |
<1,0x103 |
Quanto aos teores de metais em solução nas águas do rio, os
resultados mostraram que, com exceção do ferro que apresentou teores acima do
limite permitido pelo CONAMA (Resolução. 02/86), os demais metais (chumbo,
cobre, zinco, níquel, cromo e o
cádmio), estão abaixo deste limite ou não foram detectados (Tab. 02). Os
elevados teores de ferro devem estar relacionados à litologia da área, aos
processos de intemperismo e à laterização, que deram origem a material sedimentar e solos
argilo-arenosos e argilosos, ricos
em ferro.
Tabela 02:Teores
médios de metais nas águas da Microbacia do Rio Boa Esperança,Lumiar, no
Município de Nova Friburgo - RJ (n: 10 e desvio padrão ±
15%)
Metal
Pontos de Amostragem |
Fe
Total
(mg.L-1) |
Zn
(mg.L-1) |
Cr
(mg.L-1) |
Cu
(mg.L-1) |
Pb
(mg.L-1) |
Ní
(mg. L-1) |
Cd
(mg. L-1) |
Á |
1 |
0,31 |
0,025 |
LD |
0,02 |
LD |
LD |
LD |
|
2 |
0,48 |
0,020 |
LD |
0,02 |
0,013 |
LD |
LD |
G |
3 |
1,45 |
0,023 |
LD |
0,02 |
0,018 |
0,013 |
LD |
|
4 |
0,43 |
0,040 |
LD |
0,02 |
0,015 |
0,005 |
LD |
U |
CONAMA |
0,3 |
0,18 |
0,5 |
0,02 |
0,03 |
0,025 |
0,001 |
A |
Os resultados das análises referentes aos metais nos sedimentos
(Tab. 03) foram comparados com outros rios do Estado do Rio de Janeiro como o
rio Paraíba do Sul (RPS) que corta áreas bastante industrializadas e poluídas
como o Município de Resende (MALM et al. 1989); o rio Vigário (RV) que corta
área não industrializada do Município de Maricá (OVALLE et al, 1989) e o rio das
Bengalas que encontra-se no Município de Teresópolis em região com atividades
semelhantes ao da Boa Esperança e também localizado na Região Serrana do Estado
do Rio de Janeiro (SILVA et al,1996).
Os teores de metais
pesados totais nos sedimentos de corrente foram observados que os teores de
ferro total, cobre, chumbo do Rio Boa Esperança estavam dentro da faixa
encontrada no Rio Paraíba do Sul, enquanto o zinco se aproximou desta faixa na foz (ponto
4). O cromo e o níquel estavam abaixo dos níveis detectado no Paraíba do
Sul. Porém, teores elevados de
ferro e cromo também foram encontrados no Rio Vigário (RV), indicando a possível
origem natural desses metais.
Os resultados do rio Boa Esperança comparados com os dos Rios das
Bengalas (RB) e Vigário (RV), mostraram que somente o zinco e o cobre estavam
dentro da faixa de concentração no RB e acima dos valores de RV. Suspeita-se que
no Rio das Bengalas (RB) esses metais são provenientes dos agrotóxicos. (SILVA
et al., 1996; LEVIARD, 2001)
O chumbo por sua vez, encontrava-se dentro do intervalo detectado
no Paraíba do Sul e acima dos teores observados no RV e RB . O cadmio está acima
do encontrado no RPS e próximo do detectado no RB.
Para se determinar a disponibilidade dos metais pesados facilmente
disponíveis para o ambiente aquático a partir dos sedimentos de corrente, assim
como conhecer as concentrações dos metais que se encontram presos nos minerais
(inertes), recorreu-se a extração química sequencial desses elementos (SILVA et
al., 1995). Os resultados mostraram que nos sedimentos estudados, a maior parte
dos teores dos metais não estavam disponíveis (58 a 100%), encontrando-se
inertes.
Tabela 03: Teores
médios de metais totais nos
sedimentos de corrente da
Microbacia do Rio Boa Esperança, Lumiar, Nova Friburgo - RJ (n: 10 e
desvio padrão ± 15%) (mg.
g -1 ou ppm = partes por
milhão)
Metal
Pontos de
Amostragem |
Fe Total
(%) |
Zn
(mg.g-1) |
Cr
(mg. g-1) |
Cu
(mg.g-1) |
Pb
(mg.g-1) |
Ní
(mg.g-1) |
Cd
(mg.g-1) |
S |
1 |
6,84 |
116,4 |
66,50 |
80,0 |
58,90 |
26,50 |
1,17 |
E |
2 |
7,02 |
125,5 |
72,10 |
86,5 |
58,90 |
32,70 |
1,20 |
D |
3 |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
I |
4 |
6,97 |
147,4 |
63,0 |
76,7 |
60,60 |
26,40 |
1,4 |
M |
5 |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
|
Rio Paraíba do Sul (RPS) |
0,46-9,20 |
130 -387 |
133 - 368 |
32,7 - 125 |
53,5 - 122 |
42,0 - 4,6 |
0,3 |
E
N |
Rio Vigário (RV) |
8,6 - 17,4 |
113 - 119 |
63 -
88 |
0,1 |
36 - 48 |
- |
- |
T
O |
Rio das Bengalas (RB) |
2,2 -
4,1 |
51,26 -
166,08 |
14,64 -17,90 |
46,57 - 162,27 |
8,33 - 22,59 |
5,95 -
9,35 |
0,47 - 1,11 |
S |
(a) Malm et
al.,1989; (b) Ovalle et al,
1989; (c)Silva et al
(1996)
Os metais que estavam
facilmente disponíveis para o ambiente aquático, podiam ser de origem
natural ou antrópica. Foram eles, o ferro ( com até 41 ppm); zinco (entre 12,7 a 16,1 ppm),
cobre (entre 0,8 a 2,0 ppm) chumbo (2,0 a 2,8ppm ) e o cadmio (0,35 ppm). O
niquel, o cromo e a maior parte do cadmio não estão disponíveis, estavam inertes
presos na estrutura cristalina dos minerais.
CONCLUSÕES: A partir
dos dados obtidos conclui-se que:
a) Com relação aos parâmetros físico-químicos, as águas do Rio Boa
Esperança apresentaram-se ligeiramente ácidas e oxidantes. Características
essas, que são peculiares de rios de planalto que conseguem se renovar. As
medições da condutividade elétrica indicaram pouca concentração em solução de
metais ionizados.
b) Quanto à determinação do CONAMA, as águas da bacia estavam
dentro dos limites aceitáveis, ainda não se encontrando poluídas em relação aos
metais pesados oriundos das atividades humanas, com exceção do Fe que apresentou
valores maiores que o limite
permitido em três pontos de amostragem do Rio Boa Esperança. Esta quantidade de
ferro presente nas águas deve estar relacionada à litologia da região, aos
processos de intemperismo e à laterização.
c) Os resultados das análises microbiológicas, que são pontuais
mostraram, que nos dias de coleta das amostras no Rio Boa Esperança, os teores
de coliformes fecais estavam acima de 1.000 NMP/100ml, prejudicando todo o tipo
de uso inclusive a balneabilidade.
d) Com referência aos
resultados da análise dos metais totais nos sedimentos de corrente, estes foram
comparados com os teores encontrados nos rios Paraíba do Sul, Vigário e das
Bengalas citados na Tabela 03. Foi deduzido que os elevados teores de ferro
total e cromo total deveriam ser
naturais e relacionados à composição mineralógica das rochas e do manto de
intemperismo. O zinco, cobre e
chumbo também devem ter procedência da litologia regional porém, os teores mais elevados indicam que pode estar havendo uma
contribuição antrópica, relacionada ao uso indiscriminado dos agrotóxicos na
agricultura e em cujas composições químicas podem ser encontrados o zinco e o
cobre.
e) Quanto à disponibilidade de metais dos sedimentos para o
ambiente aquático e vice-versa, verificou-se que em quantidade, aparecem o
ferro, em primeiro lugar, seguido do zinco, chumbo, cobre e cadmio. Contudo 58 e 100%, dos metais
pesquisados estão na fase residual, inertes, presos na mineralogia das
rochas, mostrando que
a litologia da região é ainda um importante suporte geoquímico desses
metais.
f) A partir dos resultados obtidos, é urgente que a comunidade de
Lumiar, junto com as autoridades públicas procurem solucionar os problemas,
principalmente os relacionados à necessidade de implantação de rede de esgoto e
à orientação para o uso de agrotóxicos pelos agricultores, a fim de recuperar e
preservar região.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
APHA. AWWA.
WPCT.Standard Methods for the Examination of Waterand Wastewater. American Public Health·Association: Washington, D.C.
1976 1193 p.
CONAMA. Conselho Nacional de Meio
Ambiente Resolução NO 20/86. Diário Oficial Federal, de 30/07/86. Brasília. 1986.
DAVIDSON, C.M.; THOMAS, R.P.; SHARON, E.M.;
PERALA, R.; LITTLEJOHN, D. & URE, A. M. Evaluation of a sequential
extraction procedure for the speciation of heavy metals in sediments. Analytica Chimica Acta.
1994. v. 291 p.
277-286.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – EMBRAPA. Sistema
Brasileiro de Classificação de Solos. SPI, Brasília. 1999.
367p.
FUNDAÇÃO CENTRO DE INFORMAÇÕES E DADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –
CIDE. Anuário Estatístico do estado do Rio de Janeiro. 2002. CD
ROM
FUNDAÇÃO ESTADUAL DE ENGENHARIA DO MEIO AMBIENTE. Manual do Meio Ambientes – Métodos.
DICOMT. Rio de Janeiro. v.2 1983. 126
p.
LEVIARD, Y. E. Interpretação dos
Profissionais de Saúde acerca das Queixas de Nervoso no Meio Rural – Uma
aproximação ao Problema das Intoxicações por Agrotóxicos. Dissertação Escola
Nacional de Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2001. 91
p.
MALM, O. et al. Heavy metal monitoring by the
critical pathway analysis the Paraiba do Sul river (P.S.R.), Rio de Janeiro
State Brazil. AN: International
Conference on Heavy Metals in the Environment. Athens, v.1. 1985. p.
230-2 .
OVALLE,
A.R.C. et al . Geoquímica de Metais Pesados nos
Sedimentos Fluviais no Sistema
Lagunar de Maricá-Guarapina, Rio de Janeiro. IN: II Congresso
Brasileiro de Geoquímica. SBGq. Rio
de Janeiro. Anais 1989. 351-56.
PREA- Programa Rural de Educação Ambiental. Relatório (inédito). Nova
FriburgoLumiar. 1990, 2002
SILVA, M. de M.; SOUZA. R. de O & CAÇONIA, A. Relatório Final do
Projeto Estudo Ambiental da Microbacia do Rio Boa Esperança. Rio de Janeiro.
Relatório (inédito) 1995. 60
p.
SILVA, M. de M.; DORFMAN, A. & SOUZA, R. de O. Relatório Final do
Projeto Estudo Ambiental da Bacia do Rio das Bengalas. Rio de Janeiro. Relatório
Técnico (inédito)
1996.190p.
TESSIER, A.; CAMPBELL, P.G.C. and BISSON, M.
Sequential extraction procedure for the speciation of particulate trace metals.
Analytica Chimica Acta,
1979. n.51: p. 844-850.
VARIAN
TECHTROM. Methods for Flame Atomic
Absorption Spectrometry. Mulgrave, Victoria, Austrália. 1989.
110 p.
BONAERENSE.
Ponencia presentada en el Décimo Encuentro
Internacional Humboldt. Rosario, provincia de Santa Fe, Argentina. 13 al 17 de
octubre de
2008.