TERRITÓRIO E TERRITORIALIDADE DO TURISMO:
NA
REGIÃO TURÍSTICA COSTA LESTE EM MATO GROSSO DO
SUL – BRASIL
Edima Aranha-Silva
Patrícia Helena Milani
Viviane Aranha de Freitas
RESUMO
O trabalho estuda as
mudanças ocorridas em 8 municípios de Mato Grosso do Sul, os quais formam a
Região Turística Costa Leste em Mato Grosso do Sul (Brasil).
Essas mudanças promoveram intensos impactos sócio-ambientais, que mudou a flora
e fauna regional e encobriram grande área de terras com a água dos lagos das
barragens, terras essas destinadas às atividades agropecuárias e extração de
argila que resultou na desterritorialização de milhares de pessoas. O desfecho
para superar as dificuldades regionais vislumbrou-se a possibilidade do
aproveitamento dos recursos hídricos por meio do turismo. São diversos os atores
sociais que se relacionam no processo do (re)ordenamento territorial no contexto
regional, cujos interesses e estratégias visam tanto a exploração dos recursos
naturais como o patrimônio histórico e cultural das comunidades. Entende-se
que se o turismo pode concentrar
riqueza e renda, pode também distribuir, mas que está condicionado ao modo pelo
qual se desenvolvem as relações sociais de produção estabelecidas e a partir
delas como se formam as relações de poder vinculadas à produção do território. O
turismo como expressão da economia global reformula a configuração e as práticas
territoriais, comercializa não somente bens e serviços, mas também atributos
intangíveis e incalculáveis, como cultura e paisagem. Com a especialização desse
lugar, o turismo poderá configurar e dar funcionalidade ao território para
atender à população local e ao turista, mas se questiona se esse modelo de
planejamento e (re)ordenamento do território possibilitará a reterritorialidade
das pessoas que buscam o reencontro e o reenraizamento da sua cultura,
identidade individual e coletiva sem prevalecer a centralização do poder e uma
nova exclusão.
INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta parte do resultado de pesquisas
realizadas no âmbito da Região Turística Costa Leste em Mato Grosso do Sul (Brasil), a
partir de 2005, por uma equipe multidisciplinar da Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul – Campus de Três Lagoas (Brasil). Objetivou-se analisar as
transformações territoriais ocorridas nessa região e compreender a dinâmica
estabelecida a partir do abandono e perda do território pelos indivíduos e quais
estratégias empregadas pelos diferentes agentes na tessitura de outro território
e na formação de uma nova territorialidade engendrada pelas práticas sociais
vinculadas ao turismo. O recorte espacial se deve pela peculiaridade que
apresenta, qual seja, um espaço constituído por 8 (oito) municípios situados na
margem direita do rio Paraná, os quais passaram nos últimos 38 anos (1970-2008)
por um processo de intensas transformações
territoriais.
Essas transformações ocorreram em diferentes
temporalidades e em espaços distintos, engendradas por agentes também distintos.
Num primeiro momento (1970-1998) salienta-se que a construção de três grandes
empreendimentos hidroenergéticos no rio Paraná - as usinas hidrelétricas de
Jupiá, Ilha Solteira e Sergio Motta - provocou severos impactos
sócio-ambientais, na medida em que as águas dos seus reservatórios encobriram em
até 12% da área desses municípios, cujo uso da terra se destinava
prioritariamente à pecuária bovina e onde viviam e trabalhavam centenas de
comunidades ribeirinhas. Num outro momento (1997-2008), houve, nas grandes
propriedades rurais, a substituição da tradicional pecuária bovina pela inserção
do eucalipto para fabricação de papel e celulose e pelo cultivo da
cana-de-açúcar destinada às usinas de álcool. Esse segundo processo ainda está
em curso. (ARANHA-SILVA, 2008)
Em decorrência dessas mudanças intensificou-se o fluxo de
pessoas do meio rural e ribeirinho para as sedes urbanas dos municípios. A
situação se agravou ainda mais, primeiro, pela não qualificação da maioria
dessas pessoas para o trabalho urbano e segundo, pela pouca oferta de emprego
pelos setores da indústria, comércio e serviços. São pessoas
desterritorializadas que perderam vínculos, cuja mobilidade e fluidez no e pelo
espaço não identifica e nem garante um novo lugar, é um sujeito que está em
busca de (re)integração, de oportunidade para se reterritorializar (HAESBAERT, 2006).
2 PRÁTICAS SOCIAIS, TERRITÓRIO E TERRITORIALIDADE NA RT
COSTA LESTE-MS
Mediante o contexto de intensa desterritorialização e
falta de perspectivas para superação doe desenraizamento sócio-cultural em que
se submeteu grande contingente populacional nos 8 (oito) municípios estudados,
no ano de 1998 os governos municipais vislumbraram a possibilidade de explorar
os recursos hídricos, que se potencializaram com a formação dos lagos, por meio
do turismo. Por conseguinte, promoveram reuniões e estudos a fim de convalidar o
propósito. (ARANHA-SILVA, 2006)
Para estruturar as políticas turísticas em Mato Grosso do Sul,
após 1998 foram criados: o PNMT (Plano Nacional de Municipalização do Turismo) e
o PDTUR (Plano de Desenvolvimento Turístico), ambos objetivavam a
conscientização, a sensibilização, o estímulo e a capacitação dos municípios
para desenvolver o segmento turístico (ARANHA SILVA & MILANI,
2007)
Posto isso, e mediante os diversos desafios enfrentados
nos municípios lindeiros o momento sinalizou para novas perspectivas, ou seja,
novos territórios se redefiniram a partir de outras dinâmicas sócio-espaciais e
relações de interesse.
Dentre as novas concepções daquele espaço e colimado a
essa tomada de decisão o governo estadual em 2000 regionalizou o turismo
em Mato
Grosso do Sul, em 7 Macro Regiões Turísticas, que
visava:
O
ordenamento das ações de cada região promoverá sustentabilidade do
desenvolvimento econômico, social e ambiental do Estado, através do
fortalecimento de suas funções turísticas, de maneira a minimizar os efeitos
prejudiciais ao meio ambiente e maximizar seus benefícios para a economia e a
sociedade local, dando uniformidade às ações, programas e projetos de forma
integrada, eliminado os riscos de duplicação das ações. (MATO GROSSO DO SUL,
2000).
Sendo que os 8 (oito) municípios lindeiros ao rio Paraná:
Anaurilândia, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Santa
Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas constituíram a Região Turística Costa
Leste (Ver Figura 1).
Esses municípios apresentam paisagem e espaço
peculiares, que possibilitam circunscrever e configurar um
território.
Vale salientar a distinção que Santos (1996, p. 83) faz a
cerca das categorias geográficas paisagem e espaço, para compreender a
territorialidade:
Paisagem e espaço não são sinônimos. A paisagem é o
conjunto de formas, que num dado momento, exprimem as heranças que representam
as sucessivas relações localizadas entre homem e natureza. O espaço é
constituído por essas formas mais a vida que as
anima.
Figura 1: Mapa
de Localização da RT Costa Leste em Mato Grosso do Sul –
Brasil
Organização:
Milani, PH ,
2008. | |

As
mudanças que ocorreram nesses municípios lindeiros consistem em transformações
nas estruturas e no conteúdo social do espaço em questão, uma vez que Santos
(1985, p. 16) elucida:
Os
elementos do espaço são sistemas (tanto quanto o espaço), eles são também
verdadeiras estruturas. Nesse caso, o espaço é um sistema complexo, um sistema
de estruturas, submetido em sua evolução, a evolução das suas próprias
estruturas.
Coriolano (2006) argumenta que, em tese, a atividade
turística é relevante no desenvolvimento das regiões e pequenos municípios e
comunidades, pois se o turismo pode concentrar riqueza e renda, pode também
distribuir. Entretanto dependerá do modo pelo qual se desenvolvem as relações
sociais de produção estabelecidas e a partir delas como se formam as relações de
poder vinculadas à produção do território.
Mediante essa possibilidade se questionou: O que revelam
os discursos e as estratégias dos atores sociais que atuam nessa região? As relações sociais evidenciam
conflitos, resistências ou a aceitação que sugere possibilidades de um projeto
de desenvolvimento regional/local a partir do turismo? A comunidade acredita e
os fatos revelam que o turismo de fato tem contribuído decisivamente na redução
da pobreza e das desigualdades sociais? Quais são as práticas turísticas
vivenciadas nessa região? Esses são alguns dos questionamentos e indagações para
os quais se buscam respostas com esta
pesquisa.
Alguns estudiosos do turismo sinalizam que o turismo vem
se expandindo muito rapidamente e explorando ambientes e áreas inimagináveis de
se explorar ou de haver potencial e possibilidades de turismo. São espaços
segregados que vendem arranjos produtivos para o turismo, é o chamado turismo
solidário, participativo, comunitário, de inclusão, que revelam a dinâmica dessa
atividade e a possibilidade de promover turismo em diversos segmentos. O turismo
tem o ambiente como sua fonte de matéria-prima e o homem com sua história,
cultura e tradições materializa a prática social, pois reúne oportunidade de
aquisição cultural, troca de experiências, realização de sonhos, busca de
emoções e formas de aprendizagem. Mas ao mesmo tempo é negócio rentável para
aqueles que o vendem.
Utilizaram-se diversos procedimentos
teórico-metodológicos a fim de apreender a complexa realidade estudada, assim
como, para subsidiar os administradores políticos e empreendedores privados na
definição de estratégias e ações com vista ao planejamento do turismo
sustentável na referida região, de modo que permita a inclusão das diferentes
classes sociais no projeto.
Vale salientar os argumentos de Lage & Milone (2001,
p.156) acerca da possibilidade de se estudar o turismo e Geografia de forma
interdisciplinar, pois: “Os fundamentos geográficos, demográficos [...]
relacionam-se com a economia possibilitando diversas reflexões sobre a dimensão
espacial do turismo e suas múltiplas interações, entre elas as principais
implicações de desenvolvimento econômico da atividade
turística”.
Foram realizados vários trabalhos vinculados neste
projeto, dentre os quais serão apresentados os resultados de dois deles.
Todavia, foi necessária a caracterização da área de estudo com seus diversos
componentes, uma vez que o planejamento territorial consiste num processo
pautado em políticas, leis e administração de um determinado território, ou
seja, é preciso ordenar o uso e a ocupação da terra.
Para tal, recorreu-se ao processamento digital de imagens
em um ambiente de sistemas destinados à aquisição, armazenamento, manipulação,
análise e apresentação de dados georreferenciados, ou seja, Sistema de
Informação Geográfica (ROSA; BRITO, 1996), cujos produtos subsidiam os gestores
e empreendedores da região em pauta. Essa metodologia gerou
como produto 5 (cinco) mapas temáticos, além da identificação do grande
potencial hídrico formado pelos rios, córregos, lagos e lagoas, e da definição
do tipo de clima predominantemente quente, que favorece o turismo de praia,
pesca, mergulho, canoagem, etc. (ARANHA-SILVA et all.,
2008)
Utilizando-se os pressupostos de Ruschmann (1997),
Boullón (2002), Swarbrooke (2000) e a metodologia da EMBRATUR (BRASIL, 2005)
elaboraram-se um questionário a fim de traçar o perfil dos turistas que visitam
a região, que apontou suas expectativas, frustrações e realizações ao visitar a
região, bem como identificaram os atrativos turísticos e avaliou-se o impacto
sócio-ambiental promovido pelas diferentes ações nos diversos
meios.
Acerca da sustentabilidade
sócio-ambiental do turismo na RT Costa Leste-MS, Aranha-Silva (2008, p.289),
pondera: “[...] deben considerar acciones y estrategias en la planificación para
minimizar los impactos negativos tanto en el medio ambiente con en las
comunidades, pues la viabilidad económica de los proyectos esta vinculada a la
forma como se da la relación social con la
naturaleza”.
Garcia & Aranha-Silva (2007) revelaram que o uso das
Residências Secundárias, como meios de hospedagem ou de segunda residência
definiu o território do lazer e turismo nas margens dos rios na Costa Leste-MS.
Santos (1996, p.214) elucida que: “Na batalha para permanecer atrativos, os
lugares se utilizam de recursos materiais (como as estruturas e equipamentos),
imateriais (como os serviços). E cada lugar busca realçar suas virtudes por meio
dos seus símbolos herdados ou recentemente elaborados, de modo a utilizar a
imagem do lugar como imã”.
Acerca da definição conceitual, Tulik (2001, p.11) assim
classifica: “Casa de temporada, de praia, campo, chalé, cabana, sítio ou chácara
de lazer são termos comumente aplicados às propriedades particulares utilizadas
temporariamente, nos períodos de tempo livre, por pessoas que têm sua residência
permanente em outro lugar”. Na RT Costa Leste-MS, esses empreendimentos são
denominados por Ranchos.
Em decorrência da flexibilidade econômica e política atual, o turismo
atua como instrumento de socialização e fomentador da economia, ressaltando
culturas, restaurando edifícios de valor histórico e valorizando a natureza. Por
outro lado, para o exercício dessa atividade é necessária a introdução de
equipamentos específicos, que sustente a permanência do turista, o suprimento de
suas necessidades básicas de hospedagem, alimentação, transporte, além de opções
de entretenimento. Dessa forma, dinamiza e se apropria do espaço, logo demarca
território e as práticas ali vivenciadas delineiam uma territorialidade.
Por isso é que o turismo como expressão da economia global reformula a
configuração e as práticas territoriais, comercializa não somente bens e
serviços, mas também atributos intangíveis e incalculáveis, como cultura e
paisagem.
Há cada vez mais, a especialização de lugares, desse modo, o turismo se
identifica com essa tendência ao configurar e dar funcionalidade ao território
para atender à população local e ao turista. Lugares são criados com esta única
finalidade, ou são transformados para atender esse mercado em
expansão.
A inserção de infra-estrutura de turismo em municípios da RT Costa
Leste-MS implicou na ordenação do território, no que se refere à introdução de
novos objetos e (re)estabelecimento das relações sociais. A instalação dos
equipamentos específicos tem sido gradativa: ampliação da rede hoteleira e de
alimentação (restaurantes e similares), agências de viagem, empresas de
transportes, empresas de entretenimento, parques e locais para eventos, etc., os
quais qualificaram e organizaram o espaço para o turismo, revelam Aranha-Silva
et all. (2006a). Ademais, configuraram o território, que no dizer de Knafou
(1999, p.62): “O planejamento do território é apenas um planejamento do espaço,
no qual o turismo constitui um princípio de
organização”.
3 A DINÂMICA
TERRITORIAL DA RT COSTA LESTE-MS
Considera-se que os aspectos históricos e culturais
desempenham papel de atrativos turísticos e agregam valor ao turismo, tais como:
conjuntos arquitetônicos como prédios antigos, pontes, estações ferroviárias,
praças, obeliscos, igrejas, usinas geradoras de energia, os sítios e pequenas
propriedades rurais, além das residências secundárias como já mencionadas. E
ainda, os usos, e tradições populares, os eventos culturais, técnicos,
científicos, de negócios dentre outros. Aranha Silva et all. (2006b) consideram
que esses atributos espaciais devem também possibilitar a prática e vivência
cotidiana da própria comunidade
A seguir apresentam-se análise do turismo nos municípios de Três Lagoas e
de Aparecida do Taboado, pois são os municípios da RT Costa Leste-MS que
apresentam mais dinamismo no que tange ao turismo e que polarizam grande fluxo
de pessoas de outros municípios e estados.
3.1 Três Lagoas-MS como Área
Turística
Utilizou-se da metodologia formulada por Bullón (2002),
para classificar o município de Três Lagoas como Área Turística, pelo fato de
ser dentre os 8 municípios que constituem a RT Costa Leste-MS, o que dispõe de
melhor e mais completa infra-estrutura e equipamentos de apoio ao turismo, além
de possuir três lagoas em sua área urbana, sendo a Lagoa de Maior, toda
urbanizada com calçamento, arborização, quadras poliesportivas, pista para
caminhada e uma bela paisagem, que atrai moradores e visitantes, como revela a
Figura 2.
Figura 2: Vista aérea das três lagoas
Foto:
Prefeitura Municipal, 2008.
Três Lagoas tem 93 anos de emancipação política, conta
com 85.914 habitantes, dista 337 km da capital, Campo Grande e na
hierarquia da rede urbana sul-mato-grossense é a 4ª maior cidade. Faz divisa com
o estado de São Paulo, nos contrafortes do rio Paraná, onde se encontra a Usina
Hidrelétrica “Jupiá”.
A economia de Três Lagoas passa por mudanças estruturais
e formais, pois a pecuária perdeu o caráter hegemônico nos últimos três anos,
sendo que o comércio e a indústria têm participação maior na formação do PIB
municipal. Por se inserir no contexto da Região Costa Leste-MS tem desenvolvido
planos e estratégias para o fortalecimento do turismo, com ênfase para o turismo
aquático e eventos de negócios.
O município possui uma hidrografia bastante rica, formada
pela bacia do rio Paraná e seus afluentes, rios Sucuriú, Verde, Pombo entre
outros, não obstante, ainda existem lagoas, córregos e riachos todos com
potencial turístico. Também está
assentado sobre o maior manancial de água doce subterrânea do mundo, o Aqüífero
Guarani, e, em decorrência da abundância e da qualidade da água recebe o
codinome de “Cidade das Águas”.
Destaca-se que o rio Sucuriú é o principal atrativo
turístico do município, sua foz na confluência do rio Paraná sofreu severas
modificações com a formação do lago da UHE Jupiá. Com o alagamento observaram-se
várias transformações e impactos ambientais, que alteraram a paisagem, o rio e
as atividades econômicas. Houve a inundação de mata ciliar, pastagem, cultivos,
empreendimentos, alteração da mata ribeirinha e da vida animal e o aumento
exarcebado do leito do rio. Uma vez que anteriormente era considerado um rio
estreito, com 70
m na desembocadura de sua foz, mas após o alagamento
registra-se 3,850
km de largura, ou seja, foi inundada na região de sua foz
uma média de 3,755
km de margem. Por outro lado criou um cenário aquático de
água doce, de rara beleza e magnitude.
Apesar de todos os impactos que se soma negativamente, o
rio Sucuriú continuou a oferecer praias com areias brancas, uma ictiofauna com
diversas espécies, água limpa e calma, além se tornar um rio caudaloso após a
alteração ocorrida, características que o faz ser um rio turístico muito
visitado. É um espaço que se transformou em sinônimo de descanso, lazer, esporte
e entretenimento.
Com todo esse potencial de beleza
natural, vê-se que no seu entorno instalam-se edificações de residências
secundárias, ou seja, casas à beira do rio com propósito de usá-las como
atrativo turístico e proporciona lazer familiar e entre amigos nos finais de
semana, férias ou feriados.
Garcia (2006, p.51), classifica
Residências Secundárias como casa de veraneio e
expõe:
[...] a casa de veraneio é uma segunda residência para passar
curtos períodos específicos (férias, feriados) com intuito de desfrutar do tempo
livre. Normalmente o indivíduo adquire a propriedade em locais onde tenha
afinidade com o ambiente e considere propício para as práticas de lazer junto da
família.
Assim as Residências Secundárias são adquiridas,
construídas ou alugadas, por pessoas que residem em regiões próximas, para
facilitar o acesso e o desfrute do local no tempo
livre.
No município de Três Lagoas, na porção banhada pelo rio
Sucuriú, é visível o crescente investimento em residências secundárias às
margens deste rio, que se deu no início de 1970 e está em expansão ainda hoje.
Esse fato também é notável no município de Aparecida do Taboado, também da Costa
Leste.
Vale salientar que a exploração turística às margens do
rio Sucuriú, em 3 de maio de 1971 foi protegida pelo sancionamento da Lei nº
351, pela Prefeitura Municipal de Três Lagoas, que declara essa região como
“zona de turismo”, abrangendo as margens direita e esquerda do
rio.
Não oponente, mais sim complementando e atualizando a lei
anterior, foram promulgadas as Leis nº 1.334/97, nº 1.357/97 e a nº 1.462/98,
que declaram a ampliação da área de turismo e lazer da Lei nº 351, de 3 de maio
de 1971.
Essas leis possibilitaram o desenvolvimento e o desmembramento de
grandes propriedades rurais às margens do rio Sucuriú para a criação de
loteamentos, com a finalidade de construir residências secundárias, pousadas,
bares, marinas, pois esses lotes, em sua maioria têm a frente voltada para o rio
e conta com uma paisagem que emoldura as casas, como se observa na Figura 3.


Figura 3: Residências Secundárias nas margens do rio
Sucuriú.
Fotos:
Viviane Aranha de Freitas, 2007.
Na localidade das margens do rio Sucuriú em Três Lagoas, menciona
Aranha Silva (2006) já foram realizados 17 loteamentos e conta com cerca de
1.100 ranchos. Destes, destacam-se 15 ranchos para locação e duas pousadas, do
Tucunaré e Sucuriú.
Todas as residências secundárias e pousadas são dotadas
de rede de energia elétrica, com pavimentação asfáltica na BR-158, que dá acesso
às casas, a forma de saneamento básico é por meio do sistema de fossa séptica, o
abastecimento de água potável é obtida com a perfuração de poço semi-artesiano
ou artesiano e o lixo produzido é depositado pelos proprietários e turistas em
grandes lixeiras nas margens da rodovia, para ser posteriormente recolhido pelo
serviço de limpeza pública municipal.
Nessa perspectiva Aranha Freitas (2007, p. 5) salienta
que:
Na visita ao entorno do rio foi possível notar canos que levam
água utilizada nas residências para ser despejas diretamente no rio. Do mesmo
modo, a destinação dos lixos produzido no local tem que ser feita pelos
freqüentadores ou donos das casas: muitas vezes são queimados, depositados em
terrenos baldios, ou às vezes, na melhor das opções, em lixeiras à beira da
rodovia (BR-158) que interliga a região.
A procedência da maioria dos proprietários e turistas
ressalta Aranha Silva (2006), são 80 % dos municípios que formam a Costa Leste,
sendo os 20 % oriundos de municípios do interior paulista: Andradina,
Mirandópolis, Dracena, São José do Rio Preto, Araçatuba,
etc.
Vale trazer à baila (BOULLÓN, 2002, p.83) que
corrobora:
As áreas turísticas devem estar dotadas de atrativos turísticas
contíguos, em número também menor que os da zona, e necessitam, da mesma forma,
de uma infra-estrutura de transporte e comunicação que relacione entre si todos
os elementos turísticos que a integram. Para que possam funcionar como um
subsistema, requerem a presença mínima de um centro turístico, e se sua
infra-estrutura e recursos de equipamento e serviços são suficientes, devem ser
registradas como potenciais.
Desta forma é válido afirmar que Três Lagoas é uma Área
Turística, pois além de situar-se estrategicamente no centro da RT Costa
Leste-MS, dispõe de atrativos turísticos, equipamentos urbanos e serviços de
apoio e sustentação do turismo, atraindo visitantes de várias localidades, num
raio de até 200km.
Ademais é importante observar que com o intuito de
usufruir ao máximo do turismo local algumas residências secundárias foram
autuadas pelo IBAMA, pois esse órgão
considerou que as construções impedem a regeneração natural da mata ciliar. Isso
porque não respeitaram a área de preservação permanente, que é definida pelo
Plano Diretor Municipal sancionado no ano de 2006, de 30 até
100
metros conforme a localização desse empreendimento. O
valor da multa aplicada varia de 7 mil a 300 mil reais, de acordo com a metragem
invadida.
Assim explicita Aranha-Freitas & Aranha-Silva (2007,
p.12) sobre a culpabilidade:
A culpabilidade atribuída a cada proprietário infrator
será cobrada por multa ou cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, não
cabendo condenação cumulativa, como dispõe o Direito Ambiental, além da
responsabilidade do réu ser objetiva, sendo suficiente a demonstração do nexo
causal entre a conduta do autor e a lesão ao meio ambiente para a qualificação
da infração cometida.
Contudo, a posição do Promotor do Meio Ambiente de Três
Lagoas, ratifica a importância de preservação da área degrada, pois é grande a
região sem mata ciliar, com o gravame do assoreamento do rio. Verificou-se que
objetiva buscar uma alternativa para o impasse, posto que o mesmo é de relevante
dificuldade de solucionamento, devido à quantidade de edificações ilegais, por
isso a desapropriação desta não é cogitada, prefere-se proteger a área com uma
medida mitigatória sustentável, como análise do fato por peritos competentes,
que aponta para o reflorestando da área devastada com espécies
nativas.
2.2 Aparecida do Taboado-MS como um Centro
Turístico
O
município de Aparecida do Taboado conta com 19 819 habitantes, se insere no
contexto da RT Costa Leste-MS, limita-se ao Norte com o Município de
Paranaíba/MS, ao Sul com Selviria/MS, a Oeste com Inocência/MS e a Leste se
limita com Santa Fé do Sul/SP, tendo o Rio Paraná como elemento natural na
definição de fronteira interestadual (Ver Figuras 1 e 4).

Figura 4: Vista parcial do Município de Três
Lagoas
Fonte: Prefeitura Municipal,
2008.
Apesar do município ainda possuir a pecuária como
principal atividade econômica, atualmente vê o turismo como alternativa de
aumento da arrecadação, com a exploração sustentável dos recursos naturais
disponíveis, enfatizando os recursos hídricos. Pois se acredita que o turismo aquático, a pesca e as praias sejam
alternativas para promover o desenvolvimento sócio-econômico, por meio da
inclusão de pessoas no mercado de trabalho e da geração de renda.
O
município conta com infra-estrutura instalada para apoio à atividade turística,
embora seja ainda recente a sua prática, pois foi a partir da construção da
Usina Hidrelétrica no município de Ilha Solteira (SP), que culminou com o
alagamento de parte do território de Aparecida do Taboado, criando dessa forma
um lago reservatório, que se tornou o principal atrativo turístico no município,
juntamente com as pousadas e residências secundárias instaladas no entorno do
rio Paraná.
De
acordo com Boullón (2002), o raio de influência de um Centro turístico é
calculado em duas horas de distância-tempo. Nesse sentido, a cidade é
considerada como um Centro Turístico, ou seja, é um espaço urbano que possui no
seu raio de influência, atrativos turísticos que motivam uma viagem, que pode
ser feita no mesmo dia. Sendo que, o alcance do raio de influência da do Centro
Turístico de Aparecida do Taboado são cidades vizinhas, como Santa Fé do Sul/SP,
Paranaíba, Selvíria e Inocência/MS, todas distam do município aproximadamente
150
Km.
Para Boullón (2002) são quatro tipos de centros
turísticos, de acordo com a função que os mesmos
desempenham:
-
Centros turísticos de distribuição;
-
Centros Turísticos de estada;
-
Centros turísticos de escala;
-
Centros turísticos de excursão.
Centros turísticos como Aparecida do Taboado colaboram
para o desenvolvimento regional e da comunidade, uma vez que estes podem ser
comparados aos pólos de desenvolvimento, mas com a particularidade de que o raio
de influência de um centro turístico envolve uma situação diferente, pois só é
capaz de gerar desenvolvimento dentro do espaço abrangido pelos atrativos
dispersos em seu entorno. Mas mesmo assim, com a condição de que seu
empreendimento turístico conte, entre outros, com serviços como: hospedagem,
alimentação, entretenimento, comércios turísticos.
De
acordo com as tipologias existentes, o centro turístico de Aparecida do Taboado
pode ser classificado como um Centro Turístico de estada, pois segundo Boullón
(2002, p. 90):
Em
centros dessa natureza o turismo começou a se desenvolver por meio da exploração
de um único atrativo, como ocorre com as praias ou com as estações de inverno
especializadas na prática de esqui na neve. A característica fundamental que os
distingue dos centros turísticos de distribuição é o tempo de estada.
Dessa forma os centros de estada necessitam de um
equipamento de entretenimento muito mais diversificado, para oferecer
alternativas diferentes durante todo o tempo da permanência. É nessa perspectiva
que as residências secundárias e as pousadas estão se instalando às margens do
Rio Paraná, para oferecerem aos visitantes diversas atratividades e serviços,
indo além da paisagem natural.
Vale salientar que o atrativo que mais dinamiza a cidade
de Aparecida do Taboado e que atrai turistas de diversas regiões é a Festa do
Peão, que ocorre no mês de maio todos os anos. É nessa época que as Residências
Secundárias, os hotéis e pousadas, tanto na área central da cidade como às
margens do Rio Paraná ficam com sua capacidade ocupada, com a procura e
hospedagem de turistas e competidores da festa. Nessa temporada o raio de
influência desse Centro Turístico tem mais alcance, podendo chegar a
300 km
de distâncias, pois atrai pessoas de Araçatuba/SP e São José do Rio Preto/SP,
entre outras cidades do interior paulista.
Contudo, em outras épocas do ano o turismo também é
praticado, devido às altas temperaturas e a paisagem propícia para a prática de
esportes náuticos, pesca, mergulho, etc., o que revela a presença de visitantes
ao longo do ano, com pico maior em maio em decorrência da Festa do Peão.
Para melhor estruturar a atividade turística em Aparecida
do Taboado, as Residências Secundárias, assim como em Três Lagoas, também fazem parte
do produto que é oferecido, não somente no município estudado, mas também em
outros municípios da Região Turística Costa Leste-MS. Nesse contexto vale
ressaltar as instalações dessas casas também funciona com ocupação nos finais de
semana. A Residência Secundária é um tipo de hospedagem vinculada ao turismo,
que além dos finais de semana e temporadas de férias, se transformam em
‘alojamentos’ nas áreas em foco.
No
caso de Aparecida do Taboado as residências se expandem formando um complexo
residencial turístico às margens do Rio Paraná, assim como, se estruturam os
hotéis e pousadas, elas consistem em um processo de (re) organização espacial
caracterizado pelas alterações funcionais, sociais, econômicas e ambientais.
Ademais, sua disseminação demonstra novas territorialidades em um contexto de
valorização e apreciação da paisagem local, como revela a Figura 5.

Figura 5: Empreendimentos
turísticos em Aparecida do Taboado
Fonte: Patrícia
Helena Milani, 2008
De
acordo com Beni (2006), regiões de turismo estão sendo desenhadas não apenas
para responder às demandas dos turistas, mas como resposta aos problemas
econômicos provocados pela reestruturação da economia mundial e pelo aumento da
competitividade territorial no contexto da
globalização.
Concebe-se que a dinâmica espacial resulta da acumulação
de ações humanas e temporais, uma vez que: “algumas permanecem intactas ou
modificadas, enquanto outras desaparecem para ceder lugar a novas edificações
[...]” (SANTOS, 1996, p.67). Desse modo entende-se que o espaço é um sistema
complexo de estruturas, da mesma forma que Boullón (2002) também define o
turismo como um sistema constituído de estruturas que se inter-relacionam e
caracterizam o funcionamento dessa atividade, assim como as estruturas
caracterizam o espaço.
Com isso é oportuno lembrar que o turismo na Região
Turística Costa Leste - MS tem a natureza – com destaque para a água -- como
matéria - prima principal para a realização de suas atividades, constituindo um
sistema turístico ainda primário; e posteriormente quando as estruturas se
formarem, o espaço turístico se estabelece, define o território e cria
territorialidade. (RUSCHMANN,
1997).
Tendo o rio e seu entorno paisagístico como atrativo
turístico há possibilidade de se praticar o ecoturismo em Aparecida do Taboado,
que consiste em segmento da atividade turística que em tese utiliza de forma
sustentável o patrimônio natural de uma localidade, promovendo a conservação e a
formação de uma consciência ambiental. (IRVING,
2002).
Nessa perspectiva da utilização da natureza como
principal produto turístico, Irving (2002, p. 64)
destaca:
O
ecoturismo pode representar uma importante alternativa de geração de renda para
as comunidades locais próximas as áreas protegidas, desde que precedido e
acompanhado por um processo sistemático de educação ambiental, e segundo uma
perspectiva mais ampla de desenvolvimento regional.
Em
razão da inserção do turismo nos municípios que contam com lagos artificial das
barragens, o setor imobiliário promove intensa modificação territorial, na
medida em que produz e consome espaços constrói as estruturas turísticas e
opções de lazer. De acordo com Dias (2006, p. 15):
Lugares escolhidos para a prática turística são
modificados, em um processo denominado de ‘turistificação’, o qual ocorre para
atendimento da demanda do turista. Um dos fenômenos da turistificação é uma
mudança na estrutura urbana com a introdução de residências
secundarias.
É
nesse contexto contraditório, ou seja, quando a conservação da biodiversidade se
encontra do lado oposto ao atendimento das necessidades humanas. Com a
exploração em grande escala dos lugares que oferecem paisagens naturais como
alternativas para a realização de atividades turísticas, podem desencadear
impactos ambientais, os quais decorrem do processo de ocupação e organização do
território, sem um planejamento pautado na conservação ambiental. (IRVING,
2002).
Por fim, sem, no entanto concluir vale
destacar que a partir da formação dos lagos reservatórios das usinas
hidrelétricas, conforme mencionado foi necessário e possível a inserção de uma
nova atividade sócio-econômica nos municípios impactados pelas barragens, para
promover a inserção de diversos segmentos econômicos no contexto do
desenvolvimento regional.
O turismo
assume um papel importante nessa nova funcionalidade da economia da Região
Turística Costa Leste de Mato Grosso do Sul, pois pode minimizar os impactos
gerados, ou seja, as transformações territoriais e os impactos ambientais, e
reverter em beneficio da própria região, utilizando-se desses novos espaços,
constituídos antropicamente, em estruturas que consistem no produto turístico da
localidade em questão.
A
utilização do turismo como atividade econômica, desde que haja uma forte
política do turismo, gera benefícios positivos à sociedade, tais como a criação
de empregos, uma vez que o turismo tem a capacidade de geração de postos de
trabalho, por ser uma atividade em que o elemento humano é fundamental, pois
promove encontros de pessoas de diversas origens.
Mas para tal, deve se tornar um instrumento de
recuperação e de revitalização dos municípios, tanto de Aparecida do Taboado
quanto de Três Lagoas, não só em termos econômicos, mas também no fortalecimento
das relações entre moradores e o território local, com a realização de feiras de
artesanato, a partir da experiência da comunidade receptora, festivais, entre
outros eventos, que reforçam os laços culturais e garantam a preservação do
patrimônio histórico.
Pois se entende que o desenvolvimento do turismo
sustentável em uma dada região ou comunidade, se dá com a inserção de atividades
turísticas sem promover severos impactos sócio-ambientais e que as práticas
sociais e a relação entre os diversos atores sociais estabeleçam a
territorialidade, numa perspectiva de reterritorializar pessoas com suas
necessidades, aspirações, emoções, sem, contudo prevalecer a decisão política
centralizadora.
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