PLANEJAMENTO AMBIENTAL
DA BACIA HIDROGRÁFICA RIO SÃO
FRANCISCO VERDADEIRO
- PARANÁ -
BRASIL
Odair
Sonegatti
FCT/UNESP
- Presidente Prudente/SP
osonegatti@uol.com.br
INTRODUÇÃO
Este artigo é
resultado do projeto de mestrado que está sendo realizado na FCT/UNESP de
Presidente Prudente e que teve seu início em agosto de 2006. Tem como principais
objetivos a identificação e mapeamento das áreas de risco
ambiental.
O projeto está sendo desenvolvido na Bacia Hidrográfica do Rio São
Francisco Verdadeiro, que está inserido na Bacia Hidrográfica do Paraná III, e
que tem sua nascente em Cascavel/PR e sua foz no lago da Usina Hidrelétrica de
Itaipu, no município de Entre Rios do Oeste /PR..
A Bacia do Rio São Francisco Verdadeiro está localizada em uma das áreas
de maior produção de grãos (soja e milho) do país e também é responsável por boa
parte da criação de suínos e aves do Paraná. É um dos principais afluentes do
lago da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Os técnicos da Usina detectaram que no mês
de maio de 2002, foram despejados no lago somente do São Francisco Verdadeiro
juntamente com suas águas, mais de 2.000 toneladas/dia de sedimentos. (PROGRAMA
“Cultivando Água Boa”, Itaipu-Binacional, 2004, p. 15).
Mesmo tendo esta importância poucos são os trabalhos realizados nesta
bacia hidrográfica, ficando por conta do monitoramento da qualidade e quantidade
de água que aporta no lago da usina.
A população residente na bacia é de aproximadamente 443.695 mil pessoas,
distribuídas em 11 cidades. As cidades com maior população são Cascavel com
243.369, Toledo 98.200, Mal C. Rondon
41.007, Sta Helena 20.491
(idem, 2004, p. 24-25).
Em uma visita ao município de Sta Helena, pudemos constatar que inexiste
em grande parte da margem do rio a mata ciliar. Uma das principais atividades da
região é a suinocultura sem manejo. No lago da Usina, pode ser observada uma
grande quantidade de macrófitas, e também uma maior preocupação com a
proliferação de um molusco proveniente da Ásia que encontrou no lago ambiente
propício para seu desenvolvimento, o mexilhão dourado.
O aporte de sedimentos gera sem dúvida
preocupação aos técnicos de Itaipu, pois interfere na quantidade de água
armazenada no lago, ocasiona assoreamento e, por conseguinte, uma quantidade
menor de água armazenada.
Mas o aumento da quantidade de macrófitas
e a proliferação de organismos como o mexilhão dourado, que gera eutrofização,
interfere diretamente na qualidade da água pois, juntamente com os sedimentos
que são carreados devido à falta de cobertura dos solos, das matas ciliares e
criação sem manejo, também podem estar dejetos e insumos agrícolas criando assim
um ambiente favorável para que estes organismos ali se instalem e proliferem
gerando problemas de saúde aos usuários dos diversos balneários construídos para
o lazer das populações lindeiras.
O abastecimento de água de Santa Helena
depende 60% das águas do lago. Informações não confirmadas dão conta que 95% das
águas superficiais de Santa Helena estão contaminadas com agrotóxicos e
coliformes fecais e que a Prefeitura Municipal já busca água em poços com mais
de 200 metros de
profundidade para “tentar” minimizar o problema.
O Rio São Francisco Verdadeiro é um dos
principais afluentes do reservatório da Usina Hidrelétrica de ITAIPU, e corta
uma região que, além de ser uma das mais produtivas no cultivo de grãos, também
é uma das maiores produtoras de suínos para corte. A população utiliza-se das
águas da bacia para consumo próprio, consumo animal, e também para diversão
visto que, a Itaipu Binacional criou nos municípios lindeiros praias
artificiais, onde é grande o fluxo de pessoas (brasileiros, paraguaios e
argentinos).
A necessidade de se fazer uma análise geoambiental dessa Bacia em
particular, se justifica haja vista que estaremos contribuindo para identificar
os impactos ambientais levando, por conseguinte a melhoria da qualidade de vida
não só da população residente na bacia do Rio São Francisco Verdadeiro, como
também àqueles que se servem da mesma à jusante. Nesta pesquisa procuraremos
identificar e espacializar as áreas com restrição ao parcelamento do solo,
utilizando-se dos instrumentos de planejamento ambiental que são a
caracterização e conhecimento do meio físico e a
legislação.
REFERENCIAL
TEÓRICO
Diante do exposto acima, necessário se faz ter um planejamento e um
mapeamento das áreas que possuem restrições ao uso, elaborando assim um
planejamento e uma intervenção para disciplinar o uso e a ocupação do solo,
fazendo com que a produtividade seja garantida, mas os recursos hídricos e do
solo sejam preservados, evitando assim que resíduos orgânicos, químicos e
minerais sejam carreados aos corpos de água e, conseqüentemente, ao lago da Usina.
Os estudos ambientais estão em pauta desde a RIO/92, onde se deu muita
ênfase à preservação da natureza, mas temos que nos ater as pesquisa realizadas
e qual a finalidade das mesmas.
Segundo Cristofoletti (1999) duas perspectivas podem ser lembradas, a
primeira tem significância biológica e social, focalizando o contexto e as
circunstâncias que envolvem o ser vivo, sendo o ambiente definido como as
condições, circunstâncias e influências sob as quais existe uma organização ou
um sistema. Nessa perspectiva, os
seres vivos são os elementos essenciais, inseridos em ambiente que os circunda,
representado as condições de vida, desenvolvimento e crescimento, incluindo os
outros seres vivos, o clima, o solo, águas, etc
Quando se deseja analisar os sistemas ambientais, avaliar as questões
envolvidas na qualidade dos seus fluxos e componentes e as mudanças nas escalas
espaciais do globo, regional e local, incluindo as dimensões da presença e
atividades humanas, a perspectiva que considera a funcionalidade da
geoesfera-biosfera é a mais adequada.
O uso do adjetivo ambiental deve ser
direcionado para categorizar os componentes e as características funcionais e
dinâmicas dos sistemas que suportam a existência dos seres vivos. Para o
contexto sócio-econômico das comunidades humanas, os componentes biogeográficos
passam a integrar o sistema ambiental físico, refletindo a significância de ser
elemento de condicionamento ambiental para as atividades das sociedades,
conseqüentemente, as mudanças ambientais implicam em alterações nas
características e na qualidade dos componentes do sistema ambiental biofísico,
que tenham relevância e incidências para a vivência das comunidades humanas,
tais como: a poluição hídrica, a poluição atmosférica, o aquecimento global, a
perda de biodiversidade, entre outras.
Uma das formas que se encontrou para qualificar e quantificar as ações
humanas, mas também o meio natural
é a realização de pesquisas sobre as inter-relações sociedade-natureza
em áreas delimitadas por bacias
hidrográficas.
Segundo Christofoletti (1980, p. 169) “as
bacias hidrográficas constituem sistemas organizados de tal forma que seus
elementos apresentam relações discerníveis uns com os outros e operam
integralmente como um todo complexo”.
O recurso água é, inquestionavelmente, de
fundamental importância a todo processo de desenvolvimento. Embora
auto-renovável, sua posse e utilização deve obedecer a critérios rígidos,
racionalmente estabelecidos em legislação apropriada, sendo que a fiscalização
do uso é medida indispensável à sua utilização.
Para Prochnow (1985), a preservação do
recurso água é um problema complicado. As características deste recurso são
peculiares e, tanto as enchentes quanto as secas, são conseqüências da ausência
ou ineficácia dos planejamentos ambientais, agravando dois problemas principais:
a quantidade de água disponível e a sua qualidade para determinado fim.
A bacia hidrográfica é definida por
Christofoletti (1980) como “área drenada por um determinado rio ou por um
sistema fluvial” (p. 102). Os
fatores que compõem este ambiente interagem entre si, originando processos
interrelacionados, definindo as paisagens geográficas, que apresentam potencial
de utilização baseado segundo as características de seus componentes: substrato
geológico, formas e processos geomorfológicos, mecanismos hidro-meteorológicos e
hidrogeológicos. Geomorfologicamente, para esse autor a bacia hidrográfica é um
sistema aberto, que recebe suprimento contínuo de energia através do clima
reinante e que, sistematicamente, perde energia através da água e dos sedimentos
que a deixam.
De acordo com Gregory e Walling apud
Prochnow (1985) uma das principais características do sistema aberto
é:
a sua estabilidade, ou
seja, o recebimento e a perda contínua de energia encontram-se em perfeito
balanço. Ocorrendo uma modificação qualquer na forma do sistema, ou um acréscimo
ou liberação de energia, imediatamente inicia-se uma mudança compensatória
que tende a restaurar o equilíbrio dos ecossistemas da bacia. (p.
198)
Prochnow (1985) afirma ainda que “não podemos agir sobre o ambiente, sem
avaliar as conseqüências diretas
e indiretas, mediatas e
imediatas de nossas atividades” (p. 200). Estudá-la implica em pesquisar
seus componentes, os processos que ocorrem (inputs e outputs) e suas interações,
pois compreende vários elementos componentes: uso do solo, geologia, hidrologia,
áreas urbanizadas, etc.
O planejamento de bacias hidrográficas, segundo Prochnow
(1988)
(...) envolve diversas
fases: diagnose, prognose e ação, ou seja, conhecimento, previsão e implantação,
etapas essas que não devem ser tratadas linearmente. O processo de planejamento
exige a elaboração de inventários e diagnósticos, tanto dos aspectos físicos
como sócio-econômicos e institucionais da bacia hidrográfica, sem o que não é
possível chegar-se a determinadas conclusões e recomendações que conduzirão a um
melhor manejo da bacia hidrográfica. (p. 32-33)
O território brasileiro é dotado de uma
vasta e densa rede hidrográfica que contempla a maior reserva de água doce e o
terceiro maior potencial hídrico da Terra. As principais bacias hidrográficas
brasileiras são: Bacia Amazônica; Bacia
do Nordeste; Bacia do Araguaia-Tocantins; Bacia do rio Paraguai; Bacia do rio
Paraná; Bacia do rio S. Francisco e a Bacia do Sudeste-Sul.
Entre as principais bacias hidrográficas
brasileiras está a do rio Paraná. Formado pela confluência dos rios Paranaíba e
Grande, o rio Paraná é o segundo rio em extensão na América do Sul e o décimo do
mundo em vazão.
A Região Hidrográfica do Paraná, com 32%
da população nacional, apresenta o maior desenvolvimento econômico do País. Com
uma área de 879.860 quilômetros quadrados, a região abrange
os estados de São Paulo (25% da região), Paraná (21%), Mato Grosso do Sul (20%),
Minas Gerais (18%), Goiás (14%), Santa Catarina (1,5%) e Distrito Federal
(0,5%).
Entre os municípios de Guaira e Foz do
Iguaçu, no Estado do Paraná, ocupa 170 quilômetros de
trecho contíguo aos territórios brasileiro e paraguaio, onde foi formado o
Reservatório da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
A rede hidrográfica do território
paranaense que drena suas águas diretamente ao reservatório de Itaipu é
denominada Bacia do Paraná III. Com 8.000 km2 e podendo ser
subdividida em 13 sub-bacias essa área envolve total ou parcialmente os
municípios de Altônia, Cascavel, Céu Azul, Diamante do Oeste, Entre Rios do
Oeste, Foz do Iguaçu, Guairá, Itaipulândia, Marechal Candido Rondom, Maripá,
Matelândia, Medianeira, Mercedes, Missal, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste,
Pato Bragado, Quatro Pontes, Ramilândia, Santa Helena, Santa Tereza do Oeste,
Santa Terezinha de Itaipu, São José das Palmeiras, São Miguel do Iguaçu, São
Pedro do Iguaçu, Terra Roxa, Toledo e Vera Cruz do Oeste.
Entre os rios que formam a bacia podemos destacar o São Francisco
Verdadeiro, que nasce em Cascavel, o Guaçu, que nasce em Toledo, o São Francisco
Falso, que nasce em Céu
Azul, o Ocoí, que nasce em Matelândia; além do São Vicente e
Passo Cuê.
Cerca de 900.000 pessoas habitam os 28 municípios que a compõem,
destacando-se quatro deles com populações entre 70 e 260 mil
habitantes.
Relativamente ao Índice de Desenvolvimento Humano/Municipal (IDH-M), os
índices situam entre 0,850 e 0,676 e o saneamento básico atende pouco mais de
50% das maiores aglomerações, com índices precários nos pequenos centros
urbanos.
A economia baseia-se no setor primário, com alguns focos de forte
industrialização e concentração turística na parte sul, região da tríplice
fronteira com a Argentina e Paraguai.
A escolha da Bacia do Rio São Francisco Verdadeiro como área de estudo,
reflete na preocupação da preservação ambiental em uma área que interfere
diretamente na qualidade de vida de milhares de pessoas, possuindo uma área
relativamente extensa e abrigando no seu interior uma diversidade de ações que
vão da agricultura de subsistência até a mais alta tecnologia para a colheita de
grãos. Está localizada na região oeste do Estado do Paraná e é uma das
principais tributárias do lago da Usina de Itaipu.
METODOLOGIA
As metodologias voltadas ao planejamento ambiental são complexas e
abrangentes. Dessa forma, pretende-se considerar algumas dessas propostas de
relevância para os estudos ambientais que, junto aos estudos de ordem
político-econômica e social, apresentam um caráter multidisciplinar e se
constituem em documentos de grande importância no processo de planejamento
ambiental.
Nas últimas décadas, foram desenvolvidas
inúmeras metodologias voltadas ao planejamento ambiental. Entre essas, Almeida
(1993) destaca autores com concepções de metodologias na linha do planejamento
ambiental que tem duas vertentes principais a de demanda e a de
oferta.
Na realização desta pesquisa serão analisadas as propostas de análise e
planejamento ambiental de bacias hidrográficas de Mateo Rodriguez (1994), que
compreende as seguintes fases: Organização; Inventário; Análise e Diagnóstico e
Prognóstico e adequando a de Leal (1995), que consiste, na elaboração de um
plano ambiental, contendo as etapas de Inventário, Diagnóstico Ambiental,
Prognóstico e Propostas de melhoria do Estado Ambiental, visando proporcionar
uma visão integrada das unidades do meio físico, unidades de uso e ocupação do
solo e unidades ambientais da bacia hidrográfica em análise.
Organização
Nesta fase será abordada os aspectos conceituais fundamentais para o
embasamento teórico-metodológico para a realização do estudo. Primeiramente,
será elaborado um resgate histórico, buscando-se a compreensão do conceito de
paisagem, para em seguida, tendo em vista a realização desta pesquisa numa bacia
hidrográfica serem discutidos aspectos relevantes na escolha desta bacia como
unidade de estudos ambientais.
Inventário e
Análise
A
etapa de inventário consiste num levantamento detalhado do ambiente urbano da
bacia, considerando sua localização, o processo histórico de produção desse
espaço e seus aspectos naturais e sociais, particularizados e
inter-relacionados, de forma a se obter unidades físicas, unidades de uso e
ocupação do solo e unidades ambientais. Para a definição dessas unidades, serão
identificados os aspectos naturais e de uso e ocupação do solo através de
levantamentos bibliográficos e trabalhos de campo. Os resultados serão
sistematizados e cartografados, gerando uma coleção de cartas temáticas,
tabelas, quadros e gráficos. O inventário consiste, também, em uma etapa inicial
de aproximação e compreensão da realidade local, e, por isso, torna-se
fundamental para a realização de todas as etapas
posteriores.
De
acordo com Leal (1995), este e um processo de investigação detalhada que tem o
propósito de obter amplo conhecimento sobre a área, para o estabelecimento do
diagnóstico ambiental e das propostas de melhoria do Estado Ambiental. Para
obtenção das unidades ambientais, Leal (1995), estabelece os seguintes
procedimentos: a) Definição das unidades físicas: elaboração de cartas temáticas
da geologia, geomorfologia, solos e vegetação nativa, além de dados climáticos.
Essas cartas serão analisadas separadamente e, posteriormente, integradas para a
obtenção da carta síntese. Na obtenção da síntese das unidades físicas, além da
sobreposição das cartas, serão consideradas suas características individuais e
sua expressividade para a determinação das unidades. b) Definição das unidades
de uso e conservação do solo: elaboração das cartas de base das malhas urbanas e
das áreas de uso rural e industrial. As unidades de uso e ocupação do solo podem
ser consideradas áreas que possuem características particulares e que permitem
sua individualização. A definição das unidades ambientais resultará da
integração das duas cartas anteriores identificando as unidades mais expressivas
na paisagem, através do método de sobreposição de mapas e trabalhos de
campo.
Na
etapa da análise será diagnosticado o Estado Ambiental da bacia hidrográfica,
através da identificação dos processos ambientais existentes, das Unidades
Ambientais e da Qualidade de Vida Urbana local. Serão utilizadas todas as
informações sistematizadas durante o inventário e elaboradas novas cartas
temáticas, quadros e tabelas. Nesta etapa da proposta metodológica desenvolvida
por Leal (1995), buscaremos, estabelecer o Estado ambiental da Bacia do São
Francisco Verdadeiro, compreendido como produto das relações entre o Estado das
Unidades Ambientais e a Qualidade de Vida. Na definição do Estado Ambiental da
bacia do São Francisco Verdadeiro, será considerado para cada unidade física: a
capacidade de uso potencial e os processos sócio-econômicos.
O
Estado Ambiental, associado com a comparação e relação da capacidade de uso
potencial com os processos sócio-econômicos desenvolvidos nas unidades físicas,
será expresso em:
Compatível
(quando o processo sócio-econômico está dentro da capacidade de uso potencial da
unidade física, sem provocar alterações significativas nas suas
propriedades);
Incompatível
(quando o processo sócio-econômico extrapola a capacidade de uso potencial da
unidade física, alterando significa e negativamente suas
características);
Adequada
(quando o processo sócio-econômico é compatível com a capacidade de uso
potencial da unidade física e atende às especificações, expressas em vários
instrumentos legais: Plano Diretor, Código florestal,
etc);
Prognóstico
Serão pré-visualizados cenários futuros para a bacia do São Francisco
Verdadeiro, considerando que os atuais processos de uso e ocupação do solo: a)
não sejam controlados; b) que atendam à legislação ambiental; c) que sejam
respeitadas as potencialidades e fragilidades da bacia hidrográfica em
estudo.
Proposta
Com base nos resultados obtidos, será possível elaborar uma proposta de
uso e ocupação do solo visando um planejamento ambiental que atenda à Legislação
Ambiental.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Neste trabalho estará sendo
realizando um estudo para detectar-se como está o parcelamento do solo da bacia
e se o mesmo atende as leis ambientais e, com base nas cartas topográficas, solo
e análise das precipitações pluviométricas, procurando identificar os pontos
considerados frágeis. Faz-se necessário um estudo detalhado para
detectarmos os fatores de degradação ambiental, para tanto serão elaboradas
cartas (geologia, geomorfologia, solos e vegetação nativa). A análise será feita
carta por carta, para posterior sobreposição para a geração da carta síntese,
identificando as unidades físicas e procuraremos localizar e delimitar as áreas
com restrições a ocupação.
Portanto, espera-se
através dessa pesquisa, contribuir para
um planejamento ambiental desta importante bacia hidrográfica,
BIBLIOGRAFIA
AB’SABER,
A.N. e MÜLLER-PLANTENBERG, C. (orgs.) Previsão de Impactos. O Estudo de Impacto
Ambiental no Leste, Oeste e Sul. Experiências no Brasil, Rússia e Alemanha.
SP:EDUSP, 1994.
AGUIAR,
R. L. Análise do Mapeamento Geotécnico
nos Processos de Gestão Ambiental. Bases conceituais para aplicação no Distrito
Federal (DF). São Carlos: USP / EESC / Departamento de Geotécnica, 1994, 88
p.
ALMEIDA,
J. R. (Coord.) Planejamento
Ambiental. Rio de Janeiro: Thex Ed.: Biblioteca Estácio de Sá, 1993. 153
p.
BELTRAME, A. de V. Diagnóstico do
meio físico de bacias hidrográficas - modelo e aplicação. Florianópolis:
Editora da UFSC, 1994.
_________________ Proposta metodológica para o diagnóstico do
meio físico com fins conservacionista, de pequenas bacias hidrográficas - estudo
da bacia do Rio do Cedro - Brusque - SC. Dissertação de Mestrado, Área de
Concentração: Utilização e Conservação de Recursos Naturais, Florianópolis,
1990.
BORDEST, S. M. L. Riscos ambientais na Alta Bacia do Rio
Coxipó. Rio Claro: UNESP / IGCE, 1992, 168 p. il. Tese (Doutorado em
Geociências – Geociências e Meio Ambiente).
BRASIL (República
Federativa do Brasil). Constituição
Federal de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988, 292
p.
CAPOBIANCO, J. P. R., WHATELY, M.
Billings 2000: Ameaças e perspectivas para o maior reservatório de água da
Região Metropolitana de São Paulo. Relatório do diagnóstico socioambiental
participativo da bacia hidrográfica da Billings no período 1989-99, São
Paulo: Instituto Socioambiental, 2002.
CARVALHO, P. F. O Planejamento na
Instância da Luta de Classes. Análises de planos para a metrópole recifense.
Rio Claro: UNESP / Departamento de Geografia, 1992, 288 p. il. Tese (Doutorado
em Geografia – Organização do Espaço)
CASSETI, V. Ambiente e Apropriação do Relevo. São
Paulo: Ed. Contexto, 1991. 147 p. (Coleção Ensaios)
CAUBET,
C. G., FRANK, B. Manejo Ambiental
em Bacias
Hidrográficas: o caso do rio Benedito (Projeto Itajaí). Das
reflexões às necessidades concretas. Florianópolis: Fundação Água Viva,
1993. 52 p.
COSTA,
R.C.R. (Coord.) Diagnóstico Geoambiental
e Sócio-econômico da bacia do rio Paraguaçu – BA. Diretrizes gerais para a
ordenação territorial. RJ, FIBGE, 1993.
CUNHA,
S.B., GUERRA, A.J.T., (orgs.). Avaliação e perícia ambiental. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.
CHRISTOFOLETTI, A. Modelagem de
Sistemas Ambientais. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 1999, 236
p..
_________________ Geomorfologia, 2 ed., São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 1980, 188 p.
GASPARINO, D.; MALAVASI, U, C.; MALAVASI, M. M. Revegetação de matas
ciliares na região oeste do Estado do Paraná: considerações sobre o banco de
sementes do solo. Revista Varia
Scientia, n. 2, 2001, p. 121-129.
LACORTE,
A . C., DAMÁSIO, J. M. Gestão de recursos Hídricos e Planejamento Territorial:
as Experiências Brasileiras no Gerenciamento de Bacias Hidrográficas. In:
SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, XI / E / SIMPÓSIO DE HIDRÁULICA E
RECURSOS HÍDRICOS DOS PAÍSES DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA, II., 1995, Recife
(PE). Anais... Recife ABRH, 1995. v.
3, p. 91-95
LEAL, A. C. Meio Ambiente e
Urbanização nas Microbacias do Areia e Areia Branca. Campinas/SP. Rio Claro:
UNESP / IGCE, 1995, 169 p. il. Dissertação (Mestrado em Geociência – Geociências
e Meio Ambiente).
MACEDO,
A. C. Revegetação: matas ciliares e de
proteção ambiental. São Paulo: Fundação Florestal,
1993.
MACHADO,
P.A.L. Direito Ambiental Brasileiro.
4.ed. São Paulo: Malheiros,
1992.
MARINHO, V. L. F. Estudo Ambiental
na Bacia do Ribeirão das Furnas, Araras (SP). Rio Claro: UNESP / IGCE, 1999,
124 p. il. Dissertação (Mestrado em Geociências – Geociências e Meio
Ambiente).
MATEO
RODRIGUEZ, J.M. Apuntes sobre geografia
de los paisajes. Habana, Cuba, 1984.
________________________
Planejamento Ambiental como campo de ação da Geografia. In: ENCONTRO NACIONAL DE GEÓGRAFOS, V, Curitiba, Anais., v. 1., 1994, p.
583-584.
_________________________, DEL CABO, A.R. Planejamento ambiental, paisagens e
desenvolvimento sustentável. Campinas: Faculdade de Engenharia Civil,
UNICAMP, 1996. (Mimeo.).
MOTA, S.
Preservação e Conservação de Recursos
Hídricos. 2a. ed. R.Janeiro: ABES,
1995.
ODUM, E.
P. Ecologia. Rio de Janeiro: CBS -
Interamericana, 1985.
OLIVEIRA,
P. S. G. Relação Solo-Vegetação aplicada
ao Planejamento da Recomposição das Matas Ciliares na Hidroelétrica Mogi-Guaçu,
da CESP, no Rio Mogi-Guaçu, SP. Campinas: UNICAMP / Faculdade de Engenharia
Agrícola, 1997. 91 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia
Agrícola, Área de Concentração em Água e
Solo)
PÉREZ
ARCURI, M. E. Planejamento Ambiental A
través da Análise de Informações em Bases Cartográficas.
O caso de Estudo da Microbacia Santa Elisa – Rio Claro
(SP). Rio Claro: IGCE/UNESP/Departamento de Geografia: 1997. 112 p. il.
Dissertação (Mestrado em Organização do Espaço)
PROCHNOW,
M. C. R. Análise Ambiental da Sub-Bacia
do Rio Piracicaba: subsídios ao seu planejamento e manejo. Rio Claro:
IGCE/UNESP/Departamento de Geografia: 1990. 330 p. il. Tese (Doutorado em
Geografia).
__________________ Planejamento de bacias hidrográficas. In: Anais da Semana do Meio Ambiente.
Piracicaba: Livroceres, 1988.
__________________ Recursos
hídricos e metodologia de pesquisa. In:
Geografia, v. 10, n. 19, 1985, p.
197-202.
PROGRAMA “ Cultivando Água
Boa”. Projeto Piloto
SUB-BACIA do Rio São Francisco Verdadeiro. Itaipu-Binacional, 2004.
SANTOS,
Milton. Metamorfoses do espaço
habitado, São Paulo, Hucitec, 1988, p. 42-43.
SILVA, J.
X. da. Pesquisa Ambiental no Brasil uma Visão Crítica. In: BECKER, B. K. et al
(org) Geografia e Meio Ambiente no
Brasil. São Paulo: Ed. Hucitec, 1995, p.
346-369.
SOARES,
P. R. B. Levantamento do meio físico e
recuperação de matas ciliares em planícies de inundação. Campinas: UNICAMP /
Faculdade de Engenharia Agrícola, 1995. 53 p. Dissertação (Mestrado
em Engenharia
Agrícola, Área de Concentração em Água e
Solo)
TAUK-TORNISIELO, S.M. et
al. (orgs.), Análise ambiental: estratégias e ações.
São Paulo: T.A. Queiroz,1995.
___________________________ (orgs.) Análise ambiental: uma visão
multidisciplinar. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista:
FAPESP, 1991.
TUNDISI,
J. G. A bacia hidrográfica como unidade
de pesquisa, Gerenciamento e Planejamento. São Carlos, USP, CDCC,
1996.
TAVARES,
A. C. A erosão dos solos no contexto da análise
ambiental: o exemplo do alto curso do Rio São José dos Dourados. São Paulo:
USP / Departamento de Geografia, 1986. 254 p. Tese (Doutorado em
Geografia).
Ponencia presentada en el IX
Encuentro Internacional Humboldt. Juiz de Fora - Minas Gerais, Brasil. 17 al 21
de setiembre de 2007.